As vendas do comércio varejista no Brasil caíram 3,1% em agosto, em comparação ao mês de julho, comunicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual reverteu os ganhos do mês anterior.

Trata-se da queda mais intensa para os meses de agosto da série histórica da pesquisa, iniciada em 2000. Além disso, é o maior recuo mensal desde o mês de dezembro de 2020 (-6,1%).

Agora, patamar de vendas do varejo no país volta a recuar e retrocede ao nível de julho de 2020. O nível de atividade do varejo está 4,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2020, diz o IBGE.

O resultado é pior do que o esperado pelo mercado financeiro. Uma peesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de uma alta de 0,7% na comparação mensal e de 2% sobre o ano de 2020.

O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, explicou que vários elementos em conjunto contribuem para o índice negativa, como a queda na renda do brasileiro.

“O primeiro é a trajetória anterior, que fez com que o patamar do comércio ficasse mais elevado e muito próximo do recorde. A inflação também continua sendo importante para o resultado, isso fica claro quando se compara com a receita. Também chama a atenção o mercado de trabalho. Teve queda na taxa de desocupação, mas maior ainda na renda. E isso tira capacidade de consumo”, explicou.

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