O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou ontem (22/9) a taxa básica de juros, a Selic, de 5,25% para 6,25% ao ano. Trata-se do maior patamar da taxa de juros em mais de dois anos, ou seja, desde  julho de 2019. Esta é a quinta elevação da taxa de juros somente no ano de 2021.

O Copom afirmou em nota que “antevê outro ajuste da mesma magnitude” na taxa Selic a ser definido na próxima reunião do comitê, no final de outubro.

O BC considera que o “risco fiscal” do país segue elevado e que dúvidas sobre a aprovação das reformas defendidas pelo governo podem levar a novas elevações da taxa Selic. O Copom ainda avaliou que a inflação dos bens industriais deve se manter no curto prazo e que as pressões nos preços de alimentos, energia elétrica e combustíveis devem persistir.

“Questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, diz o comunicado.

Analistas do mercado financeiro calcularam que a taxa Selic continuará avançando nos próximos meses e que deve fechar este ano a 8,25%.

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