O Banco Mundial divulgou um relatório nesta terça-feira (20/07), afirmando que a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 deve provocar efeitos negativos no mercado de trabalho e no nível de desemprego no Brasil por nove anos.

O documento Emprego em crise: Trajetórias para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19, afirma que os países do continente, em geral, levam “muitos anos” para se recuperar quando há crises econômicas e perda de emprego. As “grandes sequelas” tendem a persistir por vários anos, levando os países da América Latina à redução “longa e expressiva” dos índices de emprego formal.

“No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise”, afirma o relatório.

O desemprego no Brasil atingiu o índice recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril de 2021, afetando 14,8 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE. O Banco Mundial também observa que os efeitos são maiores sobre a população latino-americana que não possui ensino superior. O nível de emprego informal na América Latina costuma continuar mais baixo por um ano e oito meses após o início de uma recessão, calculam os especialistas. No caso dos empregos formais, a recuperação demora mais de dois anos e meio para acontecer.

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