O preço do botijão de gás de cozinha tem atingido valores recordes. Os economistas alertam que, diante da escalada dos preços do petróleo no mercado internacional, a tendência é de piora nesse cenário.

A Petrobras anunciou nesta semana um aumento de 6% para o gás liquefeito de petróleo (GLP), que já tinha sido reajustado em 5% há um mês. Muitos usuários devem aumentar a procura por alternativas, como a lenha e o etanol.

A alta vai afetar não apenas o preço do gás de cozinha.
O botijão de 13 quilos deve ser vendido nas refinarias por R$ 35,98. Mas o GLP a granel, usado por indústrias, pelo comércio e por condomínios, também será reajustado.

O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili, alertou que o GLP está deixando de ser um produto de utilidade pública por causa do alto preço, com o crescimento da miséria entre as famílias.

“Nunca o preço foi tão alto”, resumiu Borjaili.

O Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA-15) mostra que, em 2020, o preço do gás de cozinha subiu 8,3%, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. A Petrobras arrecada 46% do valor cobrado pelos produtos, enquanto distribuição e revenda ficam com 36%; 18% são impostos.

O preço do gás de cozinha ficou congelado entre 2007 e 2014, e passou a ter reajustes mensais a partir de 2017. A partir da gestão de Jair Bolsonaro, em 2019, os reajustes passaram a seguir as oscilações do mercado internacional de petróleo, sem ter uma periodicidade definida.

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