A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou setembro com queda de 3,08%, após recuar 0,69% no último dia do mês, aos 131.186 pontos. Apesar disso, o terceiro trimestre de 2024 não foi tão ruim para o Índice Bovespa (IBovespa), principal indicador da B3, que registrou um dos melhores desempenhos do período, conforme levantamento feito pela Elos Ayta Consultoria, atrás apenas do ouro e do Índice de Dividendos (IDIV).

De julho a setembro, a Bolsa acumulou alta de 6,38% e foi considerada a terceira aplicação com a maior rentabilidade para o período. O ouro e o IDIV tiveram ganhos de 13,22%, e de 7,93%, respectivamente. Apenas duas aplicações fecharam o trimestre no vermelho: o dólar Ptax, que recuou 1,99%, e o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), com queda de 1,24%.

No início do trimestre, a B3 ainda amargava sucessivas quedas, alinhado com a desvalorização do real, que chegou a atingir R$ 5,75 no início de agosto. Na avaliação do sócio da Cash Wise Investimentos, Victor Souza, os investimentos eram impactados pela sensação de incerteza em relação ao cumprimento da meta fiscal, o que foi sendo amenizado ao longo dos últimos três meses, após o governo fazer sinalizações de que estaria comprometido em cumprir o que foi definido pelo arcabouço, aprovado no ano passado.

“Junto disso, os dados de inflação americana vieram bons, para mostrar que ia cair os juros lá, então essa consolidação dos últimos três meses, da bolsa subindo, é uma resposta aos juros americanos, principalmente, e de junho para julho, uma sinalização que o governo ia tentar buscar a meta fiscal”, avaliou o especialista.

Enquanto o IBovespa teve ganhos no 3º trimestre do ano, o dólar teve perdas de 2,25% no mesmo período. Ontem, a moeda norte-americana subiu 0,21%, fechando o pregão a R$ 5,447 para a venda.

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