Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro — cujos dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (dia 8) —, a inflação do país acelerou de 0,44% em setembro para 0,56% em outubro. O resultado foi puxado pelo aumento da conta de luz e dos alimentos. Somente as carnes subiram 5,81% no mês, maior alta desde 2020.

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Com o resultado, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,76% – acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. O centro da meta para a inflação em 2024 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, No ano, o IPCA acumula alta de 3,88%

Bandeira vermelha na conta de luz

Dos nove grupos investigados pela pesquisa, oito registraram alta em outubro. O desempenho mais expressivo foi observado em Habitação, com elevação de 1,49%, puxado pelo aumento nos preços da energia elétrica. A conta de luz ficou, em média, 4,74% mais cara no mês.

André Almeida, gerente da pesquisa, destaca que isso ocorreu devido à incidência da bandeira vermelha patamar 2, a mais alta entre as tarifas.

— Ela acrescenta R$ 7,87 (à conta de luza) a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46 — disse.

Essa pressão deve diminuir em novembro, pois a bandeira em vigor agora é a amarela, por determinação da Aneel, a agência que regula o setor de energia elétrica. Há chance de o cor mudar para verde em dezembro, com a maior quantidade de chuvas.

Alimentação fora de casa

Já o grupo Alimentação e bebidas subiu 1,06% em outubro, motivado pelo avanço dos preços na alimentação em casa — que passou de uma alta de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.

Só as carnes subiram 5,81% em outubro, em relação ao mês anterior. Foi a maior variação mensal desde novembro de 2020, quando avançou 6,5%, segundo o IBGE. Os destaques foram os cortes de acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

Almeida explica que, desde o final do ano passado, houve um volume elevado de abates, o que, conforme o ciclo natural da pecuária, resulta em uma redução na oferta de carne.

— Isso se conjugou com três fatores: uma estiagem bem forte e consequentes queimadas, em um período em que o índice de chuvas é mais alto; temperaturas mais elevadas, que forçaram o gado a ser confinado; e um aumento nas exportações em comparação ao ano passado, o que reduz a oferta da carne no mercado interno.

A alimentação fora de casa, por sua vez, subiu 0,65% em outubro — variação superior à de setembro (0,34%). A refeição ficou 0,53% mais cara, enquanto o lanche subiu 0,88%.

Preços dos combustíveis e das passagens aéreas recuam

O único grupo a registrar queda em outubro foi Transportes, com recuo de 0,38% no mês. A retração deveu-se ao preço das passagens aéreas, que caíram 11,5% no mês.

Um recuo nos preços de trem, metrô, ônibus urbano e integração do transporte público também contribuíram para o resultado negativo do grupo. Segundo o IBGE, o resultado neste caso é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro.

Os combustíveis também estiveram em ligeira queda, com recuo de 0,17% em outubro. Houve queda tanto no preço do etanol quanto no do óleo diesel e da gasolina. O gás veicular, porém, registrou alta de 0,48%.

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