Correio debate potencial do setor de mineração no Brasil; acompanhe

Considerada essencial para o crescimento econômico sustentável, a mineração é um dos pilares da economia brasileira: no primeiro semestre de 2024, por exemplo, teve um faturamento de R$ 129,5 bilhões, o que representa 41% do saldo da balança comercial do Brasil.

No entanto, o setor enfrenta desafios, assim como potenciais para maior crescimento do futuro. Por isso, o Correio promove, nesta quinta-feira (5/9), o CB Debate Segurança Jurídica e a competitividade da mineração brasileira. Nele, representantes do setor, empresários e políticos debaterão os desafios e discutirão o futuro do segmento no Brasil.

Com mediação do editor de Política, Economia e Brasil, Carlos Alexandre de Souza, e a colunista de política do Correio, Denise Rothenburg, o evento conta com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

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Keynote Speakers

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Tema: Desafios tributários e regulatórios que ameaçam a competitividade da mineração brasileira

Encerramento

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Arte faz bem

Arte faz bem (Obra “Multifacetada” – José Carlos Oliveira (Foto: Ubiraney Silva))

Remexendo minhas gavetas virtuais, encontrei um alento para me sentir melhor. Muitas vezes me pego vasculhando meus próprios arquivos no computador e sempre encontro conteúdos que nem me lembrava mais.

Recentemente achei um texto que falava sobre a relação das empresas com as artes ou com a produção artística em geral e em uma reflexão bem clara, um empresário forte em Minas Gerais, às vésperas de inaugurar uma galeria, escrevia e recomendava a seus pares, os empresários, que acreditassem na força que a presença das manifestações artísticas no ambiente corporativo, exercia sobre o local, colorindo, trazendo energia positiva e beleza naturalmente.

Ele dizia que nunca acreditou que a arte e as empresas fossem temas afastados e para reforçar sua crença nesta questão.

Aquele empresário enfatizava que para entender o valor das artes para as empresas, era mais que necessário compreender que, mais que de máquinas, móveis modernos, veículos e aparatos tecnológicos, as empresas possuem um bem maior que são as pessoas.

Aquele mecenas deixava clara a sua crença, que a grande motivação para uma empresa vencedora, era a qualidade e o entusiasmo de seus colaboradores, de sua gente, dos seus recursos humanos!

Sem pensar muito, concordei plenamente com aquela reflexão, afinal vi ali uma linha lógica. E de fato, a grande propulsão de qualquer corporação está nas pessoas que militam por ali no dia a dia.

E se as pessoas são, o mais importante para o sucesso de uma organização, é natural entendermos, que os seres humanos aspiram beleza.

O belo

Quem não se encanta com o belo? E é essa sensação que sentimos diante deste encantamento, é a emoção que nos faz diferentes, nos faz sentirmos bem e melhores. A lógica a seguir é exatamente essa, se nos sentimos melhor, convivemos melhor, atuamos melhor e produzimos melhor.

“Inspiração do Interior” – Obra de Francisco Carlos Ferreira da Silva (Foto: Ubiraney Silva)

Esse empresário dizia que, “A arte, como expressão da beleza tem esse condão. Seja na pintura, no teatro, na dança, na música ou em qualquer outra forma de expressão artística, o ser humano revela a realidade e se revela.”

E claro, com uma visão empresarial ele também reforçava que “a arte tem que ter qualidade estética!” Segundo aquele empresário, fosse pelo produto ou pelos processos, arte sem qualidade não faria bem a ninguém!

E com esse pensamento ele deixava o seu recado aos seus pares, que acreditassem nesta força e que os empresários investissem o seu tempo refletindo sobre como eles também poderiam levar para dentro de suas organizações, manifestações artísticas de toda natureza e principalmente de qualidade.

A arte no ambiente corporativo

O desafio seria descobrir como as empresas poderiam disponibilizar arte e qualidade de vida por meio das manifestações artísticas aos seus colaboradores, às comunidades onde as empresas estão inseridas, oferecendo tudo aquilo que pudesse elevar o espírito e aumentar a sensibilidade das pessoas.

“Estudo” – Obra de Marcelo Birni (Foto: Ubiraney Silva)

Particularmente, achei, além de sensível, fantástico um empresário, com certa força e bem posicionado no mercado, compreender com tanta clareza, que o investimento em arte no ambiente corporativo pudesse contribuir com a qualidade dos produtos e serviços gerados ali e principalmente por acreditar, que os relacionamentos internos e setoriais, ficariam mais prósperos, uma vez que “com a presença das artes, as pessoas se sentem melhores, mais elevadas, mais sensíveis e humanas”!

Incontestavelmente, um empresário que tem esta linha de pensamento pode ser compreendido como um investidor potencial no mercado cultural e certamente identifica, reconhece e utiliza os benefícios das leis e programas de isenção fiscal, que são proporcionados em todas as instâncias governamentais.

A Arte faz bem e deve fazer parte da vida

Como fomentador cultural, me fez tão bem reencontrar este texto e me lembrar, que ainda existem pessoas especiais e que estas se esforçam para contagiar os demais com sua sensibilidade e sua visão de vida com qualidade para todos, independente da classe social.

“Casa de Ferramentas” – Obra de Mestre Palito (Foto: Ubiraney Silva)

Este texto que li me lembrava que “arte é detalhe, é trabalho, é dedicação, é ensaio, esforço e, principalmente, beleza.”

Por isso meus caros leitores, hoje nem preciso me alongar muito com meu conteúdo. Mesmo que você não seja um empresário já inserido e bem posicionado no mercado financeiro, faça a sua parte e experimente disponibilizar arte de qualidade para sua vida, para sua família, para seus amigos e para todos que você consegue atingir de alguma forma.

Certamente, você se tornará mais sensível, mais feliz, mais culto e mais engajado como defensor de um futuro mais limpo, mais sustentável.

E não se esqueça, sua casa também deve ser um ambiente agradável, bonito, limpo, em que o ser humano se sinta a cada dia mais humano e melhor.

Acredite nisso e tenha uma vida longa e próspera.

Até a próxima!

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Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente?

Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente? (Reunião social Itabirito/ MG (Foto: Ubiraney Silva))

A responsabilidade social das grandes empresas e da iniciativa privada em geral, vem sendo praticada de várias formas e, tradicionais ou inovadoras, partem sempre do princípio de acolher especialmente as comunidades mais carentes e que se localizam nas chamadas áreas de influência direta, nas regiões onde a atividade empresarial gera impactos de alguma forma ou com certa intensidade.

Como resposta em reconhecimento à necessidade de contribuírem com o crescimento social das regiões impactadas, as empresas utilizam ações e programas, que buscam o diálogo permanente e com esta aproximação, entender e buscar soluções para as principais dificuldades apontadas nos diagnósticos sociais, que normalmente são aplicados por ali.

De uns tempos para cá e com uma tendência à modernização das nomenclaturas, em tempos de ESG, onde a transparência vira uma necessidade em todos os processos, a terminologia mais utilizada na atualidade para batizar ações sociais em comunidades carentes ou não, passa a ser “Desenvolvimento de Territórios”.

O que é “território”?

Território, para os estudos da geografia, é um conceito a ser pensado e que possui algumas abordagens bastante interessantes. Comumente o termo território é definido como um espaço delimitado, com fronteiras definidas e que exista alguma relação de pertencimento, propriedade, que pode ser defendido como posse!

De fato e de maneira muito simples, o território, é o espaço de vida dos humanos e como nem todos os humanos têm a habilidade de tornarem os seus espaços de vida produtivos e rentáveis, muitas vezes, a resposta social vem por parte das empresas, que investem em ações diversas, que promovem o chamado desenvolvimento territorial, abrangendo boa parte das vezes, todas as faixas etárias ali percebidas.

Desenvolvimento de territórios

O desenvolvimento territorial já vem como uma estratégia de melhoria de vida para aqueles locais e com propostas eficientes para a solução dos seus problemas.

Capacitação coletivo de mulheres PA Dina Teixeira (Foto: Ubiraney Silva)

As chamadas regiões de vulnerabilidade social, são as mais privilegiadas nestes casos e naturalmente que o enfrentamento dos problemas apontados, carecem de estratégias especiais e o mais prático é fazer com que as próprias comunidades se tornem aptas e adquiram o potencial de solução de suas aflições.

Como disse, estamos na era ESG (e já falamos sobre o que significa esta sigla em outras postagens), e neste contexto, as propostas de desenvolvimento de territórios chegam com ações e propostas sustentáveis, estimulando as práticas de desenvolvimento, lançando mão do capital social e humano existente nos respectivos territórios.

A grande transformação acontece, quando a comunidade entende o seu papel, reconhece suas habilidades, identificam localmente parceiros, forças e ativos que juntos, promoverão efetivamente as melhorias da qualidade de vida nestes territórios.

Aí sim, o desenvolvimento territorial sustentável pode ser entendido, praticado e quiçá, perene.

Se pensarmos que o território é a base da existência humana, como sugeri acima, a sua organização espacial é também uma ação estratégica e potencializadora para o alcance de bons resultados, afinal os territórios uma vez identificados, precisam ter suas funções bem definidas por meio da apropriação e definição das diversas formas de uso que possam ser trabalhados por lá.

Resultados gerados à partir do desenvolvimento de territórios de maneira sustentável

As comunidades organizadas e com seus ativos fortalecidos, podem definir frentes poderosas de atuação, no contexto sustentável, passando pela erradicação da pobreza, buscando uma educação de qualidade, investindo em técnicas e práticas da agricultura sustentável, respeitando os princípios da diversidade presente em todos os meios sociais na atualidade, garantindo o acesso à bens como a água e o saneamento básico e assim, promovendo e garantindo o trabalho e consequentemente o crescimento econômico local.

Capacitação de comunidades: Oficina de papel marchê – Vila Canadá/ PA Foto: Ubiraney Silva)

Em muitos lugares e diante de realidades diversas, a sociedade se organiza também, visando o bem-estar e a qualidade de vida, mas pelo viés das ações e dos ativos da criatividade como principal motivador do desenvolvimento local.

Nestes casos, é comum percebermos um dinamismo nas lideranças locais, a coragem para o trato e uso da inovação, da ousadia tecnológica, das ações culturais, dos coletivos, das artes, enfim, criatividade para o fomento e geração de valor econômico e social.

Para tecer estes comentários sobre este tema, naturalmente que li bastante os inúmeros materiais didáticos, que guardo em minhas estantes e em minhas vivências com as experiências artísticas e profissionais, que já tive oportunidade de experimentar exatamente neste contexto do exercício de busca do desenvolvimento econômico, pelo viés do desenvolvimento territorial como um todo.

Qualquer um pode ser um agente transformador

O que fica é uma sensação de que o desenvolvimento territorial “é o resultado de uma ação coletiva intencional de caráter local, um modo de regulação territorial” e aí concluímos que tudo isso é uma ação associada a culturas, a planos e instituições locais, aos arranjos produtivos e às práticas sociais presentes.

O desenvolvimento territorial é também um processo progressivo de transformação e pode ser experimentado por qualquer um, até pelos que não fazem parte de nenhum programa social de empresa A ou B!

Marisqueiras em ação – Ilha de Deus, Recife/ PE (Foto: Ubiraney Silva)

Quer entender como contribuir com o desenvolvimento do território onde você está inserido?

Experimente manter hábitos comuns e bastante simples, como comprar e abastecer as suas necessidades básicas no comércio do seu bairro ou na sua cidade. Vai comemorar um aniversário ou qualquer outra motivação, contrate os serviços necessários perto de você, certamente encontrará fornecedores que garantirão qualidade e pontualidade.

Percebe como todos podemos contribuir? A grande sacada é focarmos na mobilização das comunidades. A transformação local só acontece pelas mãos das próprias comunidades, não tem erro.

São estas iniciativas, que quando vitoriosas geram visibilidade para comunidades mais inclusivas e exigentes para uma atuação mais eficiente, independente da situação social. Para pensarmos em sustentabilidade, temos que pensar em pontualidade, seriedade, eficiência, inclusão e principalmente o protagonismo do cidadão, é isso que promoverá a mudança para melhor nos territórios trabalhados.

E para não ficar fora do meu contexto habitual, posso tranquilamente afirmar, que as inúmeras ações culturais, o conhecimento prático dos mais singelos e a união das comunidades, promovem de fato resultados dos mais significativos.

Isso nos mostra que a promoção cultural permanece sendo um fator potencial para transformação social e econômica em várias frentes.

Sem contar, que a atividade turística só não tira proveito de toda esta movimentação, se não quiser, afinal, estamos falando da movimentação de uma enorme e variada rede de prestação de serviços, que contribuem sobremaneira para geração de valor agregado a personalidades, à localidades, à comunidades, que estão inseridos em um sem fim de territórios já desenvolvidos.

Animou a fazer a sua parte? Tomara que sim.

Até a próxima.

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Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente?

Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente? (Reunião social Itabirito/ MG (Foto: Ubiraney Silva))

A responsabilidade social das grandes empresas e da iniciativa privada em geral, vem sendo praticada de várias formas e, tradicionais ou inovadoras, partem sempre do princípio de acolher especialmente as comunidades mais carentes e que se localizam nas chamadas áreas de influência direta, nas regiões onde a atividade empresarial gera impactos de alguma forma ou com certa intensidade.

Como resposta em reconhecimento à necessidade de contribuírem com o crescimento social das regiões impactadas, as empresas utilizam ações e programas, que buscam o diálogo permanente e com esta aproximação, entender e buscar soluções para as principais dificuldades apontadas nos diagnósticos sociais, que normalmente são aplicados por ali.

De uns tempos para cá e com uma tendência à modernização das nomenclaturas, em tempos de ESG, onde a transparência vira uma necessidade em todos os processos, a terminologia mais utilizada na atualidade para batizar ações sociais em comunidades carentes ou não, passa a ser “Desenvolvimento de Territórios”.

O que é “território”?

Território, para os estudos da geografia, é um conceito a ser pensado e que possui algumas abordagens bastante interessantes. Comumente o termo território é definido como um espaço delimitado, com fronteiras definidas e que exista alguma relação de pertencimento, propriedade, que pode ser defendido como posse!

De fato e de maneira muito simples, o território, é o espaço de vida dos humanos e como nem todos os humanos têm a habilidade de tornarem os seus espaços de vida produtivos e rentáveis, muitas vezes, a resposta social vem por parte das empresas, que investem em ações diversas, que promovem o chamado desenvolvimento territorial, abrangendo boa parte das vezes, todas as faixas etárias ali percebidas.

Desenvolvimento de territórios

O desenvolvimento territorial já vem como uma estratégia de melhoria de vida para aqueles locais e com propostas eficientes para a solução dos seus problemas.

Capacitação coletivo de mulheres PA Dina Teixeira (Foto: Ubiraney Silva)

As chamadas regiões de vulnerabilidade social, são as mais privilegiadas nestes casos e naturalmente que o enfrentamento dos problemas apontados, carecem de estratégias especiais e o mais prático é fazer com que as próprias comunidades se tornem aptas e adquiram o potencial de solução de suas aflições.

Como disse, estamos na era ESG (e já falamos sobre o que significa esta sigla em outras postagens), e neste contexto, as propostas de desenvolvimento de territórios chegam com ações e propostas sustentáveis, estimulando as práticas de desenvolvimento, lançando mão do capital social e humano existente nos respectivos territórios.

A grande transformação acontece, quando a comunidade entende o seu papel, reconhece suas habilidades, identificam localmente parceiros, forças e ativos que juntos, promoverão efetivamente as melhorias da qualidade de vida nestes territórios.

Aí sim, o desenvolvimento territorial sustentável pode ser entendido, praticado e quiçá, perene.

Se pensarmos que o território é a base da existência humana, como sugeri acima, a sua organização espacial é também uma ação estratégica e potencializadora para o alcance de bons resultados, afinal os territórios uma vez identificados, precisam ter suas funções bem definidas por meio da apropriação e definição das diversas formas de uso que possam ser trabalhados por lá.

Resultados gerados à partir do desenvolvimento de territórios de maneira sustentável

As comunidades organizadas e com seus ativos fortalecidos, podem definir frentes poderosas de atuação, no contexto sustentável, passando pela erradicação da pobreza, buscando uma educação de qualidade, investindo em técnicas e práticas da agricultura sustentável, respeitando os princípios da diversidade presente em todos os meios sociais na atualidade, garantindo o acesso à bens como a água e o saneamento básico e assim, promovendo e garantindo o trabalho e consequentemente o crescimento econômico local.

Capacitação de comunidades: Oficina de papel marchê – Vila Canadá/ PA Foto: Ubiraney Silva)

Em muitos lugares e diante de realidades diversas, a sociedade se organiza também, visando o bem-estar e a qualidade de vida, mas pelo viés das ações e dos ativos da criatividade como principal motivador do desenvolvimento local.

Nestes casos, é comum percebermos um dinamismo nas lideranças locais, a coragem para o trato e uso da inovação, da ousadia tecnológica, das ações culturais, dos coletivos, das artes, enfim, criatividade para o fomento e geração de valor econômico e social.

Para tecer estes comentários sobre este tema, naturalmente que li bastante os inúmeros materiais didáticos, que guardo em minhas estantes e em minhas vivências com as experiências artísticas e profissionais, que já tive oportunidade de experimentar exatamente neste contexto do exercício de busca do desenvolvimento econômico, pelo viés do desenvolvimento territorial como um todo.

Qualquer um pode ser um agente transformador

O que fica é uma sensação de que o desenvolvimento territorial “é o resultado de uma ação coletiva intencional de caráter local, um modo de regulação territorial” e aí concluímos que tudo isso é uma ação associada a culturas, a planos e instituições locais, aos arranjos produtivos e às práticas sociais presentes.

O desenvolvimento territorial é também um processo progressivo de transformação e pode ser experimentado por qualquer um, até pelos que não fazem parte de nenhum programa social de empresa A ou B!

Marisqueiras em ação – Ilha de Deus, Recife/ PE (Foto: Ubiraney Silva)

Quer entender como contribuir com o desenvolvimento do território onde você está inserido?

Experimente manter hábitos comuns e bastante simples, como comprar e abastecer as suas necessidades básicas no comércio do seu bairro ou na sua cidade. Vai comemorar um aniversário ou qualquer outra motivação, contrate os serviços necessários perto de você, certamente encontrará fornecedores que garantirão qualidade e pontualidade.

Percebe como todos podemos contribuir? A grande sacada é focarmos na mobilização das comunidades. A transformação local só acontece pelas mãos das próprias comunidades, não tem erro.

São estas iniciativas, que quando vitoriosas geram visibilidade para comunidades mais inclusivas e exigentes para uma atuação mais eficiente, independente da situação social. Para pensarmos em sustentabilidade, temos que pensar em pontualidade, seriedade, eficiência, inclusão e principalmente o protagonismo do cidadão, é isso que promoverá a mudança para melhor nos territórios trabalhados.

E para não ficar fora do meu contexto habitual, posso tranquilamente afirmar, que as inúmeras ações culturais, o conhecimento prático dos mais singelos e a união das comunidades, promovem de fato resultados dos mais significativos.

Isso nos mostra que a promoção cultural permanece sendo um fator potencial para transformação social e econômica em várias frentes.

Sem contar, que a atividade turística só não tira proveito de toda esta movimentação, se não quiser, afinal, estamos falando da movimentação de uma enorme e variada rede de prestação de serviços, que contribuem sobremaneira para geração de valor agregado a personalidades, à localidades, à comunidades, que estão inseridos em um sem fim de territórios já desenvolvidos.

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Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente?

Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente? (Reunião social Itabirito/ MG (Foto: Ubiraney Silva))

A responsabilidade social das grandes empresas e da iniciativa privada em geral, vem sendo praticada de várias formas e, tradicionais ou inovadoras, partem sempre do princípio de acolher especialmente as comunidades mais carentes e que se localizam nas chamadas áreas de influência direta, nas regiões onde a atividade empresarial gera impactos de alguma forma ou com certa intensidade.

Como resposta em reconhecimento à necessidade de contribuírem com o crescimento social das regiões impactadas, as empresas utilizam ações e programas, que buscam o diálogo permanente e com esta aproximação, entender e buscar soluções para as principais dificuldades apontadas nos diagnósticos sociais, que normalmente são aplicados por ali.

De uns tempos para cá e com uma tendência à modernização das nomenclaturas, em tempos de ESG, onde a transparência vira uma necessidade em todos os processos, a terminologia mais utilizada na atualidade para batizar ações sociais em comunidades carentes ou não, passa a ser “Desenvolvimento de Territórios”.

O que é “território”?

Território, para os estudos da geografia, é um conceito a ser pensado e que possui algumas abordagens bastante interessantes. Comumente o termo território é definido como um espaço delimitado, com fronteiras definidas e que exista alguma relação de pertencimento, propriedade, que pode ser defendido como posse!

De fato e de maneira muito simples, o território, é o espaço de vida dos humanos e como nem todos os humanos têm a habilidade de tornarem os seus espaços de vida produtivos e rentáveis, muitas vezes, a resposta social vem por parte das empresas, que investem em ações diversas, que promovem o chamado desenvolvimento territorial, abrangendo boa parte das vezes, todas as faixas etárias ali percebidas.

Desenvolvimento de territórios

O desenvolvimento territorial já vem como uma estratégia de melhoria de vida para aqueles locais e com propostas eficientes para a solução dos seus problemas.

Capacitação coletivo de mulheres PA Dina Teixeira (Foto: Ubiraney Silva)

As chamadas regiões de vulnerabilidade social, são as mais privilegiadas nestes casos e naturalmente que o enfrentamento dos problemas apontados, carecem de estratégias especiais e o mais prático é fazer com que as próprias comunidades se tornem aptas e adquiram o potencial de solução de suas aflições.

Como disse, estamos na era ESG (e já falamos sobre o que significa esta sigla em outras postagens), e neste contexto, as propostas de desenvolvimento de territórios chegam com ações e propostas sustentáveis, estimulando as práticas de desenvolvimento, lançando mão do capital social e humano existente nos respectivos territórios.

A grande transformação acontece, quando a comunidade entende o seu papel, reconhece suas habilidades, identificam localmente parceiros, forças e ativos que juntos, promoverão efetivamente as melhorias da qualidade de vida nestes territórios.

Aí sim, o desenvolvimento territorial sustentável pode ser entendido, praticado e quiçá, perene.

Se pensarmos que o território é a base da existência humana, como sugeri acima, a sua organização espacial é também uma ação estratégica e potencializadora para o alcance de bons resultados, afinal os territórios uma vez identificados, precisam ter suas funções bem definidas por meio da apropriação e definição das diversas formas de uso que possam ser trabalhados por lá.

Resultados gerados à partir do desenvolvimento de territórios de maneira sustentável

As comunidades organizadas e com seus ativos fortalecidos, podem definir frentes poderosas de atuação, no contexto sustentável, passando pela erradicação da pobreza, buscando uma educação de qualidade, investindo em técnicas e práticas da agricultura sustentável, respeitando os princípios da diversidade presente em todos os meios sociais na atualidade, garantindo o acesso à bens como a água e o saneamento básico e assim, promovendo e garantindo o trabalho e consequentemente o crescimento econômico local.

Capacitação de comunidades: Oficina de papel marchê – Vila Canadá/ PA Foto: Ubiraney Silva)

Em muitos lugares e diante de realidades diversas, a sociedade se organiza também, visando o bem-estar e a qualidade de vida, mas pelo viés das ações e dos ativos da criatividade como principal motivador do desenvolvimento local.

Nestes casos, é comum percebermos um dinamismo nas lideranças locais, a coragem para o trato e uso da inovação, da ousadia tecnológica, das ações culturais, dos coletivos, das artes, enfim, criatividade para o fomento e geração de valor econômico e social.

Para tecer estes comentários sobre este tema, naturalmente que li bastante os inúmeros materiais didáticos, que guardo em minhas estantes e em minhas vivências com as experiências artísticas e profissionais, que já tive oportunidade de experimentar exatamente neste contexto do exercício de busca do desenvolvimento econômico, pelo viés do desenvolvimento territorial como um todo.

Qualquer um pode ser um agente transformador

O que fica é uma sensação de que o desenvolvimento territorial “é o resultado de uma ação coletiva intencional de caráter local, um modo de regulação territorial” e aí concluímos que tudo isso é uma ação associada a culturas, a planos e instituições locais, aos arranjos produtivos e às práticas sociais presentes.

O desenvolvimento territorial é também um processo progressivo de transformação e pode ser experimentado por qualquer um, até pelos que não fazem parte de nenhum programa social de empresa A ou B!

Marisqueiras em ação – Ilha de Deus, Recife/ PE (Foto: Ubiraney Silva)

Quer entender como contribuir com o desenvolvimento do território onde você está inserido?

Experimente manter hábitos comuns e bastante simples, como comprar e abastecer as suas necessidades básicas no comércio do seu bairro ou na sua cidade. Vai comemorar um aniversário ou qualquer outra motivação, contrate os serviços necessários perto de você, certamente encontrará fornecedores que garantirão qualidade e pontualidade.

Percebe como todos podemos contribuir? A grande sacada é focarmos na mobilização das comunidades. A transformação local só acontece pelas mãos das próprias comunidades, não tem erro.

São estas iniciativas, que quando vitoriosas geram visibilidade para comunidades mais inclusivas e exigentes para uma atuação mais eficiente, independente da situação social. Para pensarmos em sustentabilidade, temos que pensar em pontualidade, seriedade, eficiência, inclusão e principalmente o protagonismo do cidadão, é isso que promoverá a mudança para melhor nos territórios trabalhados.

E para não ficar fora do meu contexto habitual, posso tranquilamente afirmar, que as inúmeras ações culturais, o conhecimento prático dos mais singelos e a união das comunidades, promovem de fato resultados dos mais significativos.

Isso nos mostra que a promoção cultural permanece sendo um fator potencial para transformação social e econômica em várias frentes.

Sem contar, que a atividade turística só não tira proveito de toda esta movimentação, se não quiser, afinal, estamos falando da movimentação de uma enorme e variada rede de prestação de serviços, que contribuem sobremaneira para geração de valor agregado a personalidades, à localidades, à comunidades, que estão inseridos em um sem fim de territórios já desenvolvidos.

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Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente? (Reunião social Itabirito/ MG (Foto: Ubiraney Silva))

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Como resposta em reconhecimento à necessidade de contribuírem com o crescimento social das regiões impactadas, as empresas utilizam ações e programas, que buscam o diálogo permanente e com esta aproximação, entender e buscar soluções para as principais dificuldades apontadas nos diagnósticos sociais, que normalmente são aplicados por ali.

De uns tempos para cá e com uma tendência à modernização das nomenclaturas, em tempos de ESG, onde a transparência vira uma necessidade em todos os processos, a terminologia mais utilizada na atualidade para batizar ações sociais em comunidades carentes ou não, passa a ser “Desenvolvimento de Territórios”.

O que é “território”?

Território, para os estudos da geografia, é um conceito a ser pensado e que possui algumas abordagens bastante interessantes. Comumente o termo território é definido como um espaço delimitado, com fronteiras definidas e que exista alguma relação de pertencimento, propriedade, que pode ser defendido como posse!

De fato e de maneira muito simples, o território, é o espaço de vida dos humanos e como nem todos os humanos têm a habilidade de tornarem os seus espaços de vida produtivos e rentáveis, muitas vezes, a resposta social vem por parte das empresas, que investem em ações diversas, que promovem o chamado desenvolvimento territorial, abrangendo boa parte das vezes, todas as faixas etárias ali percebidas.

Desenvolvimento de territórios

O desenvolvimento territorial já vem como uma estratégia de melhoria de vida para aqueles locais e com propostas eficientes para a solução dos seus problemas.

Capacitação coletivo de mulheres PA Dina Teixeira (Foto: Ubiraney Silva)

As chamadas regiões de vulnerabilidade social, são as mais privilegiadas nestes casos e naturalmente que o enfrentamento dos problemas apontados, carecem de estratégias especiais e o mais prático é fazer com que as próprias comunidades se tornem aptas e adquiram o potencial de solução de suas aflições.

Como disse, estamos na era ESG (e já falamos sobre o que significa esta sigla em outras postagens), e neste contexto, as propostas de desenvolvimento de territórios chegam com ações e propostas sustentáveis, estimulando as práticas de desenvolvimento, lançando mão do capital social e humano existente nos respectivos territórios.

A grande transformação acontece, quando a comunidade entende o seu papel, reconhece suas habilidades, identificam localmente parceiros, forças e ativos que juntos, promoverão efetivamente as melhorias da qualidade de vida nestes territórios.

Aí sim, o desenvolvimento territorial sustentável pode ser entendido, praticado e quiçá, perene.

Se pensarmos que o território é a base da existência humana, como sugeri acima, a sua organização espacial é também uma ação estratégica e potencializadora para o alcance de bons resultados, afinal os territórios uma vez identificados, precisam ter suas funções bem definidas por meio da apropriação e definição das diversas formas de uso que possam ser trabalhados por lá.

Resultados gerados à partir do desenvolvimento de territórios de maneira sustentável

As comunidades organizadas e com seus ativos fortalecidos, podem definir frentes poderosas de atuação, no contexto sustentável, passando pela erradicação da pobreza, buscando uma educação de qualidade, investindo em técnicas e práticas da agricultura sustentável, respeitando os princípios da diversidade presente em todos os meios sociais na atualidade, garantindo o acesso à bens como a água e o saneamento básico e assim, promovendo e garantindo o trabalho e consequentemente o crescimento econômico local.

Capacitação de comunidades: Oficina de papel marchê – Vila Canadá/ PA Foto: Ubiraney Silva)

Em muitos lugares e diante de realidades diversas, a sociedade se organiza também, visando o bem-estar e a qualidade de vida, mas pelo viés das ações e dos ativos da criatividade como principal motivador do desenvolvimento local.

Nestes casos, é comum percebermos um dinamismo nas lideranças locais, a coragem para o trato e uso da inovação, da ousadia tecnológica, das ações culturais, dos coletivos, das artes, enfim, criatividade para o fomento e geração de valor econômico e social.

Para tecer estes comentários sobre este tema, naturalmente que li bastante os inúmeros materiais didáticos, que guardo em minhas estantes e em minhas vivências com as experiências artísticas e profissionais, que já tive oportunidade de experimentar exatamente neste contexto do exercício de busca do desenvolvimento econômico, pelo viés do desenvolvimento territorial como um todo.

Qualquer um pode ser um agente transformador

O que fica é uma sensação de que o desenvolvimento territorial “é o resultado de uma ação coletiva intencional de caráter local, um modo de regulação territorial” e aí concluímos que tudo isso é uma ação associada a culturas, a planos e instituições locais, aos arranjos produtivos e às práticas sociais presentes.

O desenvolvimento territorial é também um processo progressivo de transformação e pode ser experimentado por qualquer um, até pelos que não fazem parte de nenhum programa social de empresa A ou B!

Marisqueiras em ação – Ilha de Deus, Recife/ PE (Foto: Ubiraney Silva)

Quer entender como contribuir com o desenvolvimento do território onde você está inserido?

Experimente manter hábitos comuns e bastante simples, como comprar e abastecer as suas necessidades básicas no comércio do seu bairro ou na sua cidade. Vai comemorar um aniversário ou qualquer outra motivação, contrate os serviços necessários perto de você, certamente encontrará fornecedores que garantirão qualidade e pontualidade.

Percebe como todos podemos contribuir? A grande sacada é focarmos na mobilização das comunidades. A transformação local só acontece pelas mãos das próprias comunidades, não tem erro.

São estas iniciativas, que quando vitoriosas geram visibilidade para comunidades mais inclusivas e exigentes para uma atuação mais eficiente, independente da situação social. Para pensarmos em sustentabilidade, temos que pensar em pontualidade, seriedade, eficiência, inclusão e principalmente o protagonismo do cidadão, é isso que promoverá a mudança para melhor nos territórios trabalhados.

E para não ficar fora do meu contexto habitual, posso tranquilamente afirmar, que as inúmeras ações culturais, o conhecimento prático dos mais singelos e a união das comunidades, promovem de fato resultados dos mais significativos.

Isso nos mostra que a promoção cultural permanece sendo um fator potencial para transformação social e econômica em várias frentes.

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Boletim Focus: mercado eleva projeções para inflação, PIB e câmbio em 2024

Economistas do mercado financeiro voltaram a elevar as suas projeções para a inflação, câmbio e para o crescimento da economia neste ano. A estimativa para os juros em 2026 também foi elevada. Segundo os dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26/8) pelo Banco Central (BC), a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,22% para 4,25%, na sexta semana seguida de alta.

A previsão para a inflação de 2025, por sua vez, subiu de 3,91% para 3,93%. A projeção para 2026 foi mantida em 3,60%, assim como para 2027, em 3,50%. A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, em 2024 e em 2025. A margem de tolerância para que ela seja considerada cumprida é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

A piora nas expectativas de inflação acontece no momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) adotou um tom mais duro na ata de sua última reunião, sinalizando que pode haver aumento de juros, caso os indicadores econômicos mostrem que essa é uma solução necessária.

A projeção para a taxa básica de juros da economia (Selic) permaneceu estável em para 2024, em 10,50%, assim como para 2025, que ficou nos mesmos 10,0%. A projeção para 2026 subiu de 9,0% para 9,50% e taxa esperada para 2027 ficou inalterada, em 9,0%.

A mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 também registrou alta, subindo de 2,23% para 2,43%. Por outro lado, a previsão para 2025, recuou de 1,89% para 1,86%. A estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0%. A projeção também está em 2,0% para 2027.

Em relação ao câmbio, a projeção para o dólar em 2024 subiu de R$ 5,31 para R$ 5,32. Para 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30, assim como para 2026 e 2026, cuja projeção é de R$ 5,25.

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Bombeiros indicam riscos aos banhistas e quais cuidados tomar, após tia e sobrinho morrerem tentando fazer selfie em cachoeira

Dá vontade de posar para eternizar o momento. As belas paisagens naturais ficam bem na foto. Uma selfie parece a melhor escolha, mas o “clique” pode ser perigoso. Descuidos, por mais breve que sejam, podem levar a acidentes e até à morte em locais que oferecem diferentes riscos, como de ferimentos e afogamentos. Aquela olhada rápida nas águas — seja de cachoeiras, rios e mares — pode enganar de que está tudo bem.

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É preciso atenção redobrada e seguir cuidados básicos — ou que já deveriam ser. Em áreas rochosas, em que há risco das pedras estarem úmidas, sapatos especiais reduzem os riscos de escorregar. Outro item que deveria estar à mão são os coletes salva-vida, normalmente ofertados apenas em embarcações.

Também é fundamental saber como agir em situações de perigo. Por exemplo, quando uma pessoa é levada pela onda do mar. Apesar da reação de tentar realizar o resgate, há um protocolo para a ajuda sem colocar mais pessoas em riscos.

O caso mais recente resultou na morte de Débora Mothe, de 43 anos, e de Romulo Lopes Cordeiro, de 16. Eles estavam em uma cachoeira na localidade de Morangaba, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense do Rio. A tia teria se desequilibrado ao tentar tirar uma foto e o sobrinho tentou ajudá-la, também caindo.

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O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro indica os cuidados que devem ser adotados em diferentes espaços, como cachoeiras, costões, pedras e até nos mirantes. O órgão lançou, em 2022, a campanha “Sua vida vale mais que uma selfie” após o crescimento no número de casos, muitos resultando em morte, em que as pessoas se arriscam para fazer as imagens. Peças da campanha são divulgadas nas redes sociais oficiais dos bombeiros com vídeos para causar impacto.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, major Fábio Contreiras, fala dos principais cuidados ao visitar espaços naturais. Veja quais são:

1 – Conferir o tempo

Antes de ir para a cachoeira, confirmar e se certificar sobre a previsão do tempo, se não choveu no dia anterior ou se está chovendo em uma cidade próxima. A cachoeira faz parte de um rio, então, se há chuva em um local próximo, pode resultar no aumento do nível da água em todo o curso, o que pode acontecer a chamada “cabeça d’água”, em que as pessoas são surpreendidas em questão de segundos.

Deve-se estar atento ao redor. Como notar o aumento no número de folha, de galho e na quantidade de troncos. Outra coisa comum é a mudança na cor da água, que fica mais turva, além do aumento da correnteza. Pode ser fatal para há chance da pessoa ser arrastada e se afogar.

2 – Não pular das pedras

Embora possa parecer divertido, não se deve saltar das pedras altas mesmo que seja um visitante assíduo da cachoeira e julga já conhecer a profundidade. O risco de saltar de uma pedra muito alta é cair na água e colidir com uma pedra, um tronco, o relevo do solo no fundo. Não há visibilidade e, com o fluxo de água diário, é natural que troncos e outros materiais sejam deslocados. Acidentes assim podem causar lesões gravíssimas e até mesmo a morte, independente da posição em que salta.

3 – Evitar consumir bebida alcoólica

O equilíbrio e reflexo ficam prejudicados com a ingestão de bebida alcoólica. O consumo influencia no aumento dos acidentes tanto por afogamento como por queda. O indicado é não ingerir essas bebidas ao longo de todo o passeio.

4 – Não fazer fotos na ponta das pedras

O risco de queda é muito alto. O ideal é pedir que outras pessoas façam fotos suas. Os riscos de escorregar é muito grande. Naturalmente, as pedras são escorregadias, seja por acúmulo de musgo e de limo, ou pelo atrito constante com a água, que pode deixá-la mais lisa, isto é, menos ásperas, o que teria algum atrito.

5 – Calçados adequados

Aos aventureiros que querem caminhas em ambientes com pedras, é fundamental investir em calçados adequados para este tipo de solo. Tais modelos são propícios para caminhar e ficar nessa superfície. Eles são mais aderentes, geralmente, com um solado de borracha, e dão mais segurança para quem vai fazer esses passeios.

6 – Refluxo nas cachoeiras

Ficar longe das pedras centrais. O acidente pode acontecer por conta do fenômeno de um movimento de rodamoinho a partir da correnteza, que não é possível ser visto na superfície, e a pessoa é puxada para baixo. A pessoa fica onde parece um ralo. A força da água da correnteza acaba encontrando obstáculos, como as diversas pedras, em que se divide para contornar e, se a profundidade for alta, pode acontecer o refluxo e acaba levando a pessoa para o fundo. É preciso cuidado se a correnteza da cachoeira estiver forte. Deve-se evitar ficar perto das pedras que ficam no meio da correnteza. Os locais mais fundos devem ser evitados, já que os refluxos geralmente são formados no fundo da água.

7 – Colete salva-vidas

Um item de segurança que não faz parte (mas deveria) da vida dos banhistas é o colete salva-vidas, segundo o porta-voz dos Bombeiros é uma das dicas mais importantes. Para escolher um, é preciso ser uma das marcas homologadas pela Marinha do Brasil, que, na maioria das vezes, são feitos com espuma e têm certificado.

8 – Objetos flutuantes

Caso aconteça um acidente, com uma pessoa caindo na água, não se deve nadar até ela para tentar fazer o salvamento. O indicado é jogar um objeto flutuante, que pode ser uma boia, uma tampa de isopor. A pessoa deve se agarrar ao objeto e aguardar a chegada do socorro. O Corpo de Bombeiros, através do 193, deve ser acionado.

9 – Não tente fazer o resgate

Embora o impulso seja tentar ajudar entrando na água e nadando em direção à pessoaque está se afogando, esse não é o indicado. A depender do cenário (cabeça d’água, refluxo, ressaca, mar revolto, entre outros), ao tentar ajudar, pode se tornar uma segunda vítima. O indicado é seguir os passos descritos acima.

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Eleição nos EUA: Kamala Harris é associada às liberdades; Trump, ao caos

Uma das atrações do terceiro dia da Convenção Nacional Democrata, na arena United Center, em Chicago, o ex-presidente Bill Clinton avisou que a escolha em 5 de novembro é muito clara: “Kamala Harris, ou o povo” contra “Eu, eu mesmo e eu”. Aos 78 anos, o 42º presidente dos Estados Unidos (1993-2001) subiu ao palco às 20h20 (22h20 em Brasília) de quarta-feira (21/8) e traçou um paralelo extremo entre ele e o republicano Donald Trump. Em uma noite focada na “luta pelas liberdades”, Clinton adotou a tática de elogiar a candidata Kamala e atacar o magnata, retratado durante todo o evento como uma “fraude”, ainda que de forma subliminar. “Trump ainda divide o povo e cria caos”, lembrou. Segundo ele, Kamala lutará pelas liberdades e “protegerá cada um que votar, seja nela ou não”.

“Não há um dia que passe sem que eu seja grato pela chance que o povo americano me deu de ser uma das 45 pessoas que ocuparam o cargo. Mesmo nos dias ruins, você ainda pode fazer algo bom acontecer. Kamala Harris é a única candidata nesta corrida com a visão, a experiência, o temperamento, a vontade e, sim — a pura alegria — para fazer isso nos dias bons e ruins. Ela será nossa voz”, declarou Clinton.

O penúltimo dia da Convenção também contou com os discursos de Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes, e de Tim Walz, governador de Minnesota e candidato a vice de Kamala, que encerrou o evento e aceitou a indicação. A noite desta quinta-feira reserva o momento mais esperado, com um discurso histórico de Kamala Harris para ser ungida oficialmente como candidata.

No palco do United Center, também falaram ativistas ligados ao planejamento familiar e à defesa do voto latino. O sargento Aquilino Gonnell, oficial ferido durante a invasão ao Capitólio por simpatizantes de Trump, em 6 de janeiro de 2021, prestou um depoimento comovente e pediu aos presentes que honrassem os policiais que se machucaram ou perderam a vida durante o ataque, após a exibição de um vídeo sobre os incidentes.

Professor de ciência política do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, pela sigla em inglês), Charles Stewart III admitiu ao Correio que a campanha democrata tenta evitar ataques que associem o republicano ao “síndrome do transtorno de Trump”. “Os ataques são muito sutis e visam sugerir que Trump não é como os norte-americanos normais e, por isso, não os compreende. Pelo contrário, Harris e Walz são pessoas normais, criadas na classe média, que simpatizam-se com as origens e as ambições das pessoas normais”, comentou. Para Stewart, em um país onde a influência da escolha do candidato a vice é superestimada, Walz completa a imagem de Kamala como uma pessoa normal e de classe média. “A diferença está no fato de ele prover de um contexto mais centro-americano.”

Obama

Na noite de terça-feira (20/8), Barack Obama energizou os delegados e emprestou o próprio slogan de campanha para pedir votos para Kamala, além de apelar à união em uma nação cada vez mais polarizada. “Os Estados Unidos estão prontos para um novo capítulo. Estamos preparados para a presidente Kamala Harris. E Kamala Harris está pronta para o trabalho. Sim, ela pode!”, declarou o ex-presidente, arrancando aplausos dos presentes. “Acredito que o que desejamos é voltar a um país no qual possamos trabalhar juntos.”

Barack Obama: “Já vimos este filme e sabemos que as sequências geralmente são piores”

Obama chamou Trump de “um bilionário de 78 anos que não para de reclamar de seus problemas desde que andou em sua escada rolante dourada, nove anos atrás”. Também afirmou que o magnata tem uma “bizarra obsessão pelo tamanho das multidões”. Antes de Barack, a ex-primeira-dama Michelle Obama alfinetou o republicano, em um claro apelo ao voto dos afroamericanos. “Quem vai dizer a ele que o emprego que ele está procurando atualmente pode ser apenas um desses empregos para negros?”, questionou.

Em entrevista ao Correio, Alex Keyssar — professor de história e de política social da Universidade de Harvard — disse acreditar que o discurso de Obama servirá amplamente para energizar os democratas. “Duvido que mude a mente de qualquer eleitor de Trump, mas dará esperança aos democratas. Tão importante, talvez, foi seu apelo para que os democratas não fiquem excessivamente confiantes. O ex-presidente pediu-lhes que reconheçam que o país está muito dividido e que a eleição será acirrada.”

Por sua vez, Charles Stewart III avaliou que o pronunciamento de Obama foi muito bem recebido e rendeu ótima cobertura midiática para Kamala. “Seu comentário sobre a obsessão de Trump pelo tamanho de multidões, acompanhado pelos movimentos das mãos sugerindo duplo sentido, provavelmente vai viralizar.” “Nada realmente me surpreendeu. Foi um Obama tão focado e engajado quanto esperávamos.”

Donald Trump subiu ao palco do Museu da Aviação e Hall da Fama da Carolina do Norte, em Asheboro (Carolina do Norte), por volta das 14h10 desta quarta-feira (15h10 em Brasília) com uma preocupação: a segurança. O primeiro comício ao ar livre desde o atentado de 13 julho em Butler (Pensilvânia) contou com o reforço de lâminas de vidro à prova de bala. A 1,2 mil quilômetros dali, poucas horas depois, Chicago sediaria o terceiro dia da Convenção Nacional Democrata.

Donald Trump fala atrás de um vidro blindado, em Asheboro (Carolina do Norte): preocupação com a segurança, depois do atentado de 13 de julho

O evento, marcado por fortes discursos do ex-presidente Barack Obama e das ex-primeiras-damas Michelle Obama e Hillary Clinton, foi citado com deboche por Trump. “Eles mencionaram o meu nome 271 vezes, mencionaram a economia cerca de 20 vezes. Não falaram sobre a fronteira. Mas, me mencionaram como se fosse um verbete”, ironizou. Atrás nas pesquisas, o magnata republicano centrou sua retórica no medo. “Estamos muito próximos de uma Terceira Guerra Mundial, não brinquem com isso, e eles estão rindo”, alertou. “Se ganharem, teremos a Terceira Guerra. Cada americano estará seguro com Trump.”

De acordo com Trump, “Kamala é a pessoa mais radical de esquerda a disputar uma eleição”. Mais uma vez, ele fez advertências sobre uma eventual vitória democrata. “Em quatro anos, milhões de empregos desaparecerão da noite para o dia. A inflação destruirá por completo a nossa nação. As economias de toda uma vida serão varridas. Kamala vai destruir os EUA, assim como fez em São Francisco e na Califórnia. (…) Com a vitória de Trump, teremos novamente a maior economia da história”, declarou.

“Onde está Biden?”

Antes de discursar, o republicano recebeu momentaneamente mais de 30 policiais no palanque. Assim que os oficiais saíram, disse que sentia “muito melhor” sem eles. Trump não poupou o fato de o presidente Joe Biden gozar férias em um rancho na Califórnia. “Onde está Biden? Ele está na praia. (…) As pessoas não querem vê-lo de traje de banho”, disse.

Professor de ciência política da Universidade Estadual da Carolina do Norte, Steven Greene lembrou ao Correio que, nos Estados Unidos, existe um ditado segundo o qual ninguém deveria levar Trump a sério, a menos não literalmente. “Honestamente, ele tem se debatido desde que Kamala Harris saiu com grande impulso e começou a liderar pesquisas importantes. A disposição de Trump de dizer aparentemente qualquer coisa piorou ainda mais”, afirmou. “Na condição de americano e cientista político, estou muito preocupado com o discurso de Trump, que mina a confiança em nossas eleições e parece encorajar a violência. Mas isso me parece uma retórica hiperbólica de um candidato fracassado e frustrado, que não deveria ser levado a sério.”

Eric Heberlig, professor de ciência política da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, considera que Trump adota uma “tática de intimidação”. “Ele pode estar jogando com dúvidas que alguns eleitores podem ter sobre uma mulher liderando a segurança nacional”, disse à reportagem. O estudioso concorda que a estratégia de Trump de impor medo é muito eficaz para motivar apoiadores. “A questão é o quanto isso funcionará com eleitores indecisos. Eles estão acostumados com o republicano usando esses tipos de mensagens. Podem descartá-lo como ‘Trump sendo Trump’.” (RC)

Steven Greene, professor de ciência política da Universidade Estadual da Carolina do Norte

“Como regra geral, assustar as pessoas para que o apoiem pode ser uma estratégia política eficiente. Mas, como qualquer coisa, pode ir longe demais. Nesse caso, ao fazer tantas declarações absurdas sobre Kamala Harris — especialmente aquelas que somente ressoarão com os mais fortes apoiadores do republicano —, Trump está deslegitimando amplamente sua própria mensagem.”

Steven Greene, professor de ciência política da Universidade Estadual da Carolina do Norte

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Artigo: desigualdade letal no DF

Raissa Rossiter*

A desigualdade no Distrito Federal é mais do que um conceito econômico. É uma realidade aviltante que impacta diariamente a vida de milhares de pessoas. Acompanhamos, consternados, a tragédia acontecida há poucos dias em Planaltina, onde cinco mulheres da mesma família — mãe e avó de 43 anos, filha e três netas — morreram em um incêndio em um barraco. Esse é mais um exemplo doloroso de como a desigualdade pode ser letal.

Em áreas de extrema pobreza, como em muitas ocupações irregulares do DF, as moradias são construídas com materiais improvisados, como papelão, lonas, madeiras e barras de ferro. Segundo a Secretaria DF Legal, existem 37 áreas no DF consideradas prioritárias para monitoramento devido ao alto risco de invasões e ocupações irregulares. Nessas áreas, a precariedade das condições de vida torna as tragédias praticamente inevitáveis.

O Mapa das Desigualdades do Distrito Federal de 2023, elaborado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), revela que as mulheres negras são as mais afetadas pela falta de moradia digna, enfrentando a insegurança habitacional e a ausência de saneamento básico. Essas mulheres, muitas vezes chefes de família, estão em maior risco de sofrer acidentes e desastres, como o que ocorreu em Planaltina.

Além das dificuldades habitacionais, o relatório do Inesc destaca as profundas disparidades de gênero e raça que permeiam a sociedade do Distrito Federal. Mulheres negras enfrentam índices elevados de violência, menor acesso a serviços de saúde e educação de qualidade, e estão subrepresentadas em posições de poder. A taxa de desemprego entre jovens negros de 18 a 24 anos é de 29%, comparada a 18% entre os jovens brancos.

As injustiças de gênero e raça se entrelaçam, criando um ciclo vicioso de exclusão que perpetua a pobreza e a violência. O Distrito Federal, unidade federativa que ocupa o quarto lugar em ranking de desigualdade do país, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2021, reflete essa realidade perversa em que as mulheres negras são as principais vítimas.

É especialmente paradoxal que, segundo dados do IBGE de 2022, o Distrito Federal tenha a maior renda domiciliar per capita do Brasil, superando todos os 26 Estados e exibindo o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.

No entanto, a concentração de renda e a disparidade no acesso a serviços básicos, tornam o DF um dos lugares mais desiguais do Brasil, acentuando as dificuldades enfrentadas pelos grupos mais vulneráveis. Diante desses indicadores, como não refletir que essa situação de extrema desigualdade só pode ser enfrentada com medidas governamentais voltadas especificamente para aqueles que mais precisam?

A disparidade econômica no DF é também refletida de maneira gritante em sua configuração territorial. O Distrito Federal é composto por 35 regiões administrativas, todas dependentes do Governo do Distrito Federal.

Dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), da Codeplan, de 2021 mostram que essas regiões estão divididas em quatro “grupos de renda”, com a mais rica delas sendo a menos populosa.

Essa concentração de riqueza em regiões específicas, em contraste com a alta densidade populacional das áreas mais pobres, evidencia a necessidade urgente de políticas territoriais que abordem os contrastes regionais e promovam uma distribuição mais equitativa de recursos públicos e oportunidades.

O drama humano ocorrido em Planaltina é reflexo de um sistema que perpetua abismos sociais e econômicos e deixa as pessoas mais vulneráveis expostas a riscos desumanos. É urgente a implementação de políticas públicas que enfrentem situações de gritante injustiça social, considerando as múltiplas dimensões de gênero, raça, classe social e idade, entre outras.

A desigualdade no Distrito Federal não pode ser ignorada ou naturalizada. Cada vida perdida, cada sonho interrompido, é um lembrete da urgência de enfrentar essa realidade com políticas de reparação — dirigidas a regiões e grupos sociais mais vulneráveis — e ações concretas. O tempo para agir é agora.

*Socióloga, especialista em direitos das mulheres. Foi Secretária-Adjunta de Políticas para Mulheres, Direitos Humanos e Igualdade Racial do Distrito Federal.

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