No momento em que os reservatórios das hidrelétricas estão à míngua, as térmicas operam no limite e o fantasma do apagão arrasta suas correntes pelo Brasil, a Cemig olha para longe. Quatro anos após sua primeira investida internacional, leia-se a compra de linhas de transmissão no Chile, a companhia está envolvida em uma operação bem maior: a aquisição do controle da colombiana Isagen. A informação é do Relatório Reservado, newsletter das áreas de negócios e finanças. A empresa é dona de cinco hidrelétricas e da terceira maior termelétrica do país, com capacidade instalada de 2,2 mil megawatts – neste momento, que falta faz uma dessas no Brasil. A Cemig não entrará sozinha no projeto. Segundo uma fonte ligada à estatal, são grandes as possibilidades de um acordo com a AES. Os norte-americanos serão mais do que benvindos na composição do funding da operação. Os 58% da Isagen pertencentes ao governo colombiano, alvo da Cemig, estão avaliados em aproximadamente US$ 1,5 bilhão. O leilão está previsto para abril. Ressalte- se que a Duke Energy também demonstrou interesse na aquisição da companhia, mas não estaria disposta a desembolsar o valor fixado. EDF e Iberdrola são outros candidatos potenciais ao negócio. Procurada, a Cemig informou que “tem avaliado diversas alternativas de investimento que possam agregar valor à empresa”.
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