Efeito Trump: Bitcoin rompe a barreira dos US$ 100 mil pela primeira vez

O bitcoin superou nesta quinta-feira (5/12) a barreira dos US$ 100 mil (cerca de R$ 604 mil) pela primeira vez em sua história. A cotação foi estimulada pela eleição para presidente de Donald Trump, que é um grande incentivador do mercado de criptomoedas.

A moeda digital vem apresentando uma impressionante sequência de altas em 2024, sobretudo desde outubro, quando algumas pesquisas eleitorais já apontavam um possível triunfo do empresário republicano.

O bitcoin valia pouco mais de US$ 69 mil (cerca de R$ 417 mil) por unidade em 5 de novembro, dia da eleição nos Estados Unidos. A valorização é de quase 50% desde a vitória de Trump e de mais de 130% desde o início de 2024.

O estímulo mais recente ao mercado foi dado com a escolha do republicano Paul Atkins para chefiar a SEC, Comissão de Valores Mobiliários americana, órgão regulador do mercado financeiro nos EUA, anúncio feito na quarta-feira (4).

Atkins é amplamente reconhecido por sua postura favorável às criptomoedas, o que agrada o setor, que era contrário a Gary Gensler, que ocupou o posto na gestão Joe Biden e anunciou sua renúncia. Para o mercado, a troca no comando do órgão simboliza uma nova oportunidade de crescimento para o bitcoin.

“Paul demonstrou sua orientação a favor de uma regulamentação impregnada de bom senso. Reconhece também que os ativos digitais são cruciais para tornar os Estados Unidos ainda maiores”, escreveu Trump em sua rede social,Truth Social.

Corte de gastos: Lula se reúne com ministro da Previdência nesta quarta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (4/12) com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O encontro que, já estava previsto na agenda do petista desde ontem, foi realizado durante esta manhã no Palácio do Planalto. O ministro saiu sem falar com a imprensa.

Vale lembrar que o governo decidiu enviar a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre corte de gastos ao Congresso, mas ainda discute a Previdência dos militares.

A Previdência Social tem sido um dos pilares da política social de Lula desde seus mandatos anteriores. Agora, em um cenário de desafios fiscais e envelhecimento da população, o tema ganha ainda mais relevância. Economistas têm apontado que o aumento na expectativa de vida e as mudanças no mercado de trabalho tornam urgente a busca por soluções estruturais.

Carlos Lupi, conhecido por sua defesa do fortalecimento da Previdência e do aumento de benefícios para os segurados, tem enfatizado em declarações recentes que o governo está empenhado em garantir uma previdência pública mais justa e eficiente.

“Precisamos de um sistema que seja sustentável, mas também capaz de atender às necessidades dos trabalhadores brasileiros, especialmente os mais vulneráveis”, afirmou o ministro em uma ocasião anterior.

O encontro entre Lula e Lupi ocorre ainda em meio a expectativas de novas iniciativas do governo para reforçar a seguridade social, especialmente em um momento em que a inflação e o custo de vida pressionam os aposentados.

Rogério Ceron credita aumento do dólar a “ruídos internos” com pacote fiscal

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse, nesta terça-feira (3/12), que a valorização do dólar no mercado nacional é apenas resultado de “ruídos internos” e acredita que, com os agentes e investidores conhecendo mais os projetos enviados pelo governo na semana passada, o dólar deve voltar a ficar estável em um curto prazo.

“O cenário ou pelo menos a expectativa aumentou o risco de ter um cenário com inflação global maior, isso acaba gerando uma precificação de ativos, com uma elevação de risco e isso tem efeito sobre todos. Então, de fato, isso é natural, todas as moedas estão passando por um processo como esse”, disse o Ceron.

O dólar fechou o dia praticamente estável no fim da tarde e permaneceu no patamar de R$ 6,06. Apesar disso, o valor da moeda norte-americana segue alto se comparado à semana passada, quando, no dia 25 de novembro, ainda valia R$ 5,80. “As medidas que foram tomadas e que vão ser tomadas ao longo de todo o restante do governo vão dar consistências para que as coisas continuem bem no país”, acrescentou o secretário.

A fala de Ceron veio durante a coletiva de apresentação do balanço fiscal do Tesouro para o mês de outubro. Nesse período, o governo central registrou superavit de R$ 40,8 bilhões e foi o segundo melhor resultado do mês em toda a série histórica. O secretário explicou que o resultado é fruto do balanço de receitas e despesas extraordinárias, com um ingresso maior de depósitos judiciais, que registraram um saldo de R$ 6,4 bilhões em outubro.

“A grande mensagem é que esse pacote (fiscal) interessa a alguma parte do problema, não se encerra o nosso trabalho ali, assim como nós fizemos em 2024, nós vamos fazer ao longo de 2025 e 2026, adotar todas as medidas necessárias para entregar os resultados prometidos. Isso, do ponto de vista fiscal, é um grande avanço em relação ao que havia de incerteza sobre o assunto”, destacou Ceron.

“Haddad nunca esteve tão forte”, avalia secretário-executivo da Fazenda

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, negou que o pacote fiscal para corte de gastos tenha enfraquecido a equipe econômica e a figura do ministro Fernando Haddad. Para ele, as medidas foram amplamente discutidas e o anúncio feito pelo governo assegurou unidade entre as pastas.

“O ministro Haddad, e a nossa equipe da Fazenda, nunca esteve tão forte, essa é a minha percepção”, disse nesta segunda-feira (2/12), durante o 2° Fórum Político da XP Investimentos, em São Paulo.

As medidas foram anunciadas após um mês com sucessivos adiamentos. A avaliação de analistas de mercado é de que a demora acabou desgastando a imagem do ministro, além de evidenciar resistência política aos cortes.

Segundo Durigan, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a intenção de envolver mais ministérios na elaboração para proteger tanto Haddad e afirmou que os ministérios da Casa Civil e da Fazenda estavam “mais alinhados do que nunca” durante a formulação das medidas.

O pacote, detalhado na última semana, prevê uma contenção de gastos de R$ 327 bilhões em cinco anos. Entre as medidas previstas está a imposição de um teto de 2,5% para o reajuste real do salário mínimo, além da redução do limite de renda para ser elegível ao abono salarial e pente fino em programas sociais.

O projeto, encaminhado pelo governo ao Congresso, inclui medidas de redução de gastos públicos com previdência dos militares, limite de crescimento de emendas parlamentares e uma lei complementar que impõe um teto de remuneração nacional contra os super salários em todas as despesas púbicas, entre outras iniciativas.

O nº 2 da Fazenda afirmou que o teto ao reajuste real do salário mínimo foi o “gesto maior” do presidente Lula, já que a medida limita a política de valorização do salário mínimo conforme o ritmo de crescimento do PIB, uma de suas promessas de campanha.

“O presidente tomou a decisão porque entendeu que vale a pena tirar o pé da valorização do salário mínimo por uma economia mais forte, por uma economia com menos inflação, por uma economia com as despesas dentro da banda do arcabouço”, afirmou.

O secretário afirmou que o presidente compreendeu a mudança, assim como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que chegou a ameaçar pedir demissão caso soubesse mudanças na política de valorização do mínimo.

Durigan reconheceu ainda que o governo tem um “desafio grande” de aprovar o pacote no Congresso no prazo necessário, mas afirmou que há um compromisso firmado com os presidentes da Câmara e do Senado, e que a prioridade é concluir as medidas de contenção de despesas ainda este ano.

Maioria dos brasileiros aponta biocombustível como novo motor de crescimento

A pesquisa inédita Combustível e Energia Sustentáveis: A Visão dos Brasileiros, feita pela Nexus para a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, apontou uma inclinação positiva da população brasileira para o biocombustível. De acordo com o relatório, 69% dos brasileiros acreditam que o aumento da produção do combustível está ligado ao crescimento econômico do país.

Segundo a pesquisa, no entanto, 66% dos entrevistados ainda abastecem os veículos com gasolina ou diesel, mesmo apoiando a nova indústria. Apenas 29% dos brasileiros dizem usar o etanol como o principal combustível. Em relação aos combustíveis limpos, 77% acreditam que os carros elétricos são a melhor medida, seguido por etanol (40%) e GNV (33%).

Em outubro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei do Combustível do Futuro, que permite o aumento dos limites de mistura do etanol e do biodiesel à gasolina, além de criar programas de incentivo à pesquisa, produção, comercialização e uso do biocombustíveis. A pesquisa expõe que mais da metade dos brasileiros (51%) não sabem sobre a mistura.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a nova Lei do Combustível do Futuro faz parte da agenda climática que o Brasil se comprometeu. “Para o Brasil, que possui compromissos internacionais de redução de emissões, a adoção dos biocombustíveis representa um passo importante para o cumprimento das metas ambientais”, afirma.

Além do benefício climático, o ministro também apontou o crescimento econômico com grande parte do processo para produzir o combustível verde. “Envolve não apenas o cultivo da cana-de-açúcar, de milho ou de soja, mas uma extensa cadeia produtiva que abrange pequenos e grandes produtores, transporte, produção e venda. Além disso, o aumento na demanda por biocombustíveis valoriza as commodities agrícolas, o que fortalece a balança comercial do Brasil e aumenta a arrecadação de impostos”, completa o ministro.

” name=”Botão para direita” aria-label=”Botão para direita”>

Pacote de corte de gastos não vai atingir Saúde e Educação, afirma ministro Rio Costa

O pacote de corte de gastos preparado pelo governo federal não deve atingir despesas com Educação e Saúde. A afirmação é do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Nesta quarta-feira, ele e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram mais uma vez para “ajustar os detalhes do texto”.

— No investimento de saúde e educação não será mexido, porque isso ele (Lula) considera essencial. Não vamos mexer no volume de investimento em educação — disse Costa, nesta quinta-feira, em entrevista à GloboNews.

Ele ainda sinalizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá fazer o anúncio da medida nos próximos dias. Lula se reúne na tarde de hoje com Haddad para tratar sobre o assunto.

— Teremos até amanhã uma nova reunião da junta orçamentária, que deve trazer um novo ajuste para as contas — completou o ministro da Casa Civil.

Debate

O governo debatia a inclusão de mudanças nos cálculos do piso de Saúde e Educação. O modelo levado ao presidente previa a desvinculação dos pisos à receita.

Pela proposta, eles passariam a ser atrelados aos limites de gastos do arcabouço fiscal, pelo qual as despesas não podem crescer mais de 2,5% acima da inflação.

Desde outubro, Lula tratou sobre o tema em diversas reuniões com os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Nísia Trindade, além da equipe econômica do governo.

Saiba Mais:

Líder do PL diz esperar provas de operação e PT afirma em nota que Bolsonaro era ‘maior interessado’ em plano golpista

Desfazer

Estudante de Medicina morto por PM em SP era MC e compôs música sobre amigo assassinado a tiros pela polícia

Desfazer

Motorista de aplicativo morto pela milícia na Zona Oeste do Rio usava tornozeleira eletrônica

Desfazer

Mais recente Próxima Investigação apura fraudes de R$ 40 milhões contra Banco do Brasil

Forbes diz que Bruce Springsteen é milionário. Ele diz que “erraram feio”

“Não sou bilionário. Gostaria de ser, mas eles erraram feio”.

Essa é a afirmação de Bruce Springsteen, que foi incluído em uma seleta lista da conceituada revista Forbes, especializada no mercado financeiro.

O lendário roqueiro de 75 anos refutou os dados financeiros sobre seu patrimônio em uma publicação da Forbes, que apontaram que a voz de clássicos como Born To Run, Streets Of Philadelphia e Dancing In The Dark, entrou para o clube dos bilionários.

A revista chegou a esta conclusão, depois que observou um aumento significativo em seu patrimônio líquido no ano de 2021, quando o artista negociou os direitos de seu catálogo musical com a Sony Music Entertainment, que resultou em uma operação próxima a US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões).

Foi nesta gravadora, através da Columbia Records, que Bruce Springsteen gravou seus 21 álbuns de estúdio, entre 1973 e 2022.

A observação da Forbes é que, após essa transação sobre a venda de seus direitos fonográficos e editoriais, Bruce Springsteen aumentou seu patrimônio financeiro.

Mesmo assim, segundo o próprio Springsteen, não faz sentido que ele seja considerado um bilionário, porque, segundo suas palavras, ele “gastou muito dinheiro em coisas supérfluas”.

Em uma bem sucedida carreira com mais de 50 anos de atividade, Bruce Springsteen já vendeu mais de 140 milhões de discos em todo o mundo.

71 milhões deles, foram vendidos apenas nos EUA.

Lula pediu para incluir ministério em corte de gastos, diz Haddad

Por Israel Medeiros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Lula (PT) pediu a inclusão de um ministério no “esforço” de corte de gastos, mas disse não saber se haverá tempo hábil para incorporar o pedido do petista. A declaração se deu depois de reunião com o presidente.

“O presidente pediu um esforço para incluir um ministério nesse esforço em uma negociação que deve ser concluída até a quarta-feira”, afirmou a jornalistas. Embora acredite que faltará tempo para incluir a pasta em questão, Haddad disse que acredita que haverá “boa vontade” do ministério para atender ao pedido de Lula.

Haddad também revelou que se reuniu no domingo (10) no Alvorada com ministros de pastas que serão afetadas pelos cortes e “esgotou” as conversas com eles. As medidas para esses ministérios já começaram a ser encaminhadas para a Casa Civil para formalização, segundo o ministro.

Fernando Haddad disse ainda que vai voltar a se reunir com Lula na tarde de terça-feira (12). O objetivo é conversar sobre o encaminhamento de algumas das medidas ao Congresso.

O ministro foi questionado por jornalistas sobre a reação de integrantes do PT e do próprio partido — que assinou um manifesto contra os cortes — ao pacote. Disse que é natural que haja debate, mas que o movimento é para controlar a inflação e manter a atividade econômica.

“Nós estamos muito seguros do que estamos fazendo. É para o bem dos trabalhadores. Controlar a inflação é parte do nosso trabalho. Manter a atividade econômica é parte do nosso trabalho. É o equilíbrio entre variáveis importantes para todos os brasileiros. (É para) manter a estabilidade da economia brasileira”, afirmou.

Lula retoma discussão com ministros sobre corte de gastos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma nesta sexta-feira (8/11) a discussão sobre corte de gastos com ministros no Palácio do Planalto. Os detalhes da proposta de emenda à Constituição (PEC) para reduzir despesas estão sendo debatidos desde segunda (4), e ainda não há previsão para o anúncio.

O encontro está marcado na agenda oficial do petista, e deve ter início em torno das 14h30. Lula ainda não bateu o martelo sobre quais áreas sofrerão cortes ou restrições para o crescimento da despesa.

Foram convocados para o encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Nísia Trindade (Saúde), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), bem como Jorge Messias, advogado-Geral da União (AGU).

Também estão na lista a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, e o secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti.

No início da semana, Haddad anunciou que as medidas seriam apresentadas ao longo da semana. Porém, resistências internas no governo, com ministros criticando os cortes em suas respectivas pastas, estenderam a discussão. Há possibilidade de o anúncio ficar para a semana que vem.

A demora voltou a causar temor no mercado financeiro nesta sexta-feira. O dólar opera em alta e atingiu R$ 5,79 às 14h de hoje. A alta ocorre após uma semana de queda, com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos — a incerteza levou a forte alta na semana passada — e à inflação maior do que o esperado em outubro, de 0,56%.

Inflação: em um mês, preço das carnes sobe 5,81%

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro — cujos dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (dia 8) —, a inflação do país acelerou de 0,44% em setembro para 0,56% em outubro. O resultado foi puxado pelo aumento da conta de luz e dos alimentos. Somente as carnes subiram 5,81% no mês, maior alta desde 2020.

Continuar lendo

Com o resultado, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,76% – acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. O centro da meta para a inflação em 2024 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, No ano, o IPCA acumula alta de 3,88%

Bandeira vermelha na conta de luz

Dos nove grupos investigados pela pesquisa, oito registraram alta em outubro. O desempenho mais expressivo foi observado em Habitação, com elevação de 1,49%, puxado pelo aumento nos preços da energia elétrica. A conta de luz ficou, em média, 4,74% mais cara no mês.

André Almeida, gerente da pesquisa, destaca que isso ocorreu devido à incidência da bandeira vermelha patamar 2, a mais alta entre as tarifas.

— Ela acrescenta R$ 7,87 (à conta de luza) a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46 — disse.

Essa pressão deve diminuir em novembro, pois a bandeira em vigor agora é a amarela, por determinação da Aneel, a agência que regula o setor de energia elétrica. Há chance de o cor mudar para verde em dezembro, com a maior quantidade de chuvas.

Alimentação fora de casa

Já o grupo Alimentação e bebidas subiu 1,06% em outubro, motivado pelo avanço dos preços na alimentação em casa — que passou de uma alta de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.

Só as carnes subiram 5,81% em outubro, em relação ao mês anterior. Foi a maior variação mensal desde novembro de 2020, quando avançou 6,5%, segundo o IBGE. Os destaques foram os cortes de acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

Almeida explica que, desde o final do ano passado, houve um volume elevado de abates, o que, conforme o ciclo natural da pecuária, resulta em uma redução na oferta de carne.

— Isso se conjugou com três fatores: uma estiagem bem forte e consequentes queimadas, em um período em que o índice de chuvas é mais alto; temperaturas mais elevadas, que forçaram o gado a ser confinado; e um aumento nas exportações em comparação ao ano passado, o que reduz a oferta da carne no mercado interno.

A alimentação fora de casa, por sua vez, subiu 0,65% em outubro — variação superior à de setembro (0,34%). A refeição ficou 0,53% mais cara, enquanto o lanche subiu 0,88%.

Preços dos combustíveis e das passagens aéreas recuam

O único grupo a registrar queda em outubro foi Transportes, com recuo de 0,38% no mês. A retração deveu-se ao preço das passagens aéreas, que caíram 11,5% no mês.

Um recuo nos preços de trem, metrô, ônibus urbano e integração do transporte público também contribuíram para o resultado negativo do grupo. Segundo o IBGE, o resultado neste caso é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro.

Os combustíveis também estiveram em ligeira queda, com recuo de 0,17% em outubro. Houve queda tanto no preço do etanol quanto no do óleo diesel e da gasolina. O gás veicular, porém, registrou alta de 0,48%.

Saiba Mais:

Assassinato de casal gay, espancado até a morte por multidão, gera comoção nas redes

Desfazer

Polícia investiga novo golpe da troca de líquido de arrefecimento em posto do Rio. Frentistas são indiciados

Desfazer

Gaby Amarantos nega lipo e uso de remédios após perder 25kg

Desfazer

Mais recente Próxima Censo do IBGE aponta as 20 maiores favelas do país; confira a lista