O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca considerou nesta segunda-feira que a oferta de quase 100 bilhões de dólares da gigante americana Pfizer em janeiro a “desvalorizava significativamente” e estimou poder se desenvolver de forma independente.
A Pfizer, líder mundial do setor, anunciou nesta segunda-feira ter transmitido uma oferta de fusão à AstraZeneca em janeiro por 46,61 libras a ação, que soma 58,8 bilhões de libras pelo conjunto do grupo (71,4 bilhões de euros, 98,7 bilhões de dólares). Também disse que no sábado entrou novamente em contato com o grupo britânico.
A oferta de janeiro “subestimava significativamente a AstraZeneca e suas perspectivas”, estimou a empresa em um comunicado, em resposta ao anúncio da Pfizer.
Depois de novos contatos no sábado, os primeiros desde janeiro, a AstraZeneca considerou que não era apropriado iniciar novas negociações “na falta de uma oferta específica e atrativa”.
Segundo a AstraZeneca, o presidente da Pfizer, Ian Read, contactou no sábado o presidente do grupo britânico, Leif Johansson, para pedir a ele a publicação de um comunicado conjunto antes da abertura da Bolsa na manhã desta segunda-feira para anunciar que os dois iniciaram “negociações sobre o tema da fusão”, mas sem fazer nenhuma oferta concreta.
De acordo com o código do mercado britânico, a gigante americana deverá indicar, no mais tardar em 6 de maio se deseja fazer uma oferta formal pela AstraZeneca ou se renuncia.
Fonte: UOL