A taxa de desemprego do Brasil já é a quarta maior entre as principais economias do mundo, de acordo com o ranking da agência de classificação de risco Austin Rating. O estudo, que reúne dados de 44 países, foi divulgado pelo portal de notícias G1.
O desemprego no Brasil é o pior entre os integrantes do G20 e mais que o dobro do que o índice médio global. O G20 reúne os 19 países com as maiores economias do mundo.
Segundo a última pesquisa divulgada pelo IBGE, o desemprego no país caiu para 13,2% no trimestre que terminou em agosto. A desocupação atingiu 13,7 milhões de trabalhadores. Antes da pandemia, o índice estava abaixo de 12% e saltou para 14,7% no 1º trimestre de 2021.
“Essa é uma fotografia clara de quanto o Brasil está perdendo na geração de emprego. Entre esses 44 países estão concorrentes diretos e outros emergentes como Cingapura, Coreia e México. Nestes países, a taxa de desemprego chega a 4%, 5%, no máximo”, avalia o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
Inflação contribui para o baixo crescimento
O elevado desemprego no Brasil é explicado pelo baixo crescimento e por problemas estruturais e históricos, como a baixa produtividade. Além disso, a recuperação do mercado de trabalho foi freada nos últimos meses pela inflação e pela estimativa de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
O ranking da Austin Rating mostra que somente Costa Rica, Espanha e Grécia registraram uma taxa de desemprego maior que a do Brasil. Do grupo, apenas três ainda não divulgaram números oficiais de desemprego no 3º trimestre: Argentina, África do Sul e Arábia Saudita.