Chegou ao fim a greve dos caminhoneiros iniciada na última segunda-feira (1º de fevereiro), sem avanços na pauta de reivindicações. Três entidades que representam a categoria se retiraram do protesto: a ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte de Cargas) e a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística).
O presidente do CNTRC, Plínio Dias, no entanto, parabenizou os caminhoneiros que participaram do protesto e também os que manifestaram apoio à mobilização. Para ele, a orientação para que os caminhoneiros ficassem em casa reduziu a visibilidade do movimento e deu a impressão de que a adesão foi baixa, pois o tráfego nas estradas parecia normal.
Estratégia de ficar em casa sem ocupar estradas enfraqueceu o movimento, avaliam entidades
A decisão de não sair para trabalhar e de não ocupar rodovias foi apontada pelo presidente da ANTB, José Roberto Stringasci, como um ponto de enfraquecimento do alcance do movimento, apesar da “boa adesão”.
Pressionados, os motoristas acabaram voltando para a estrada. Ainda assim, segundo as entidades, pelo menos 70 mil veículos transportadores deixaram de trafegar, carregar ou descarregar produtos entre os dias 1º e 2 de fevereiro.
A ANTB, explicou que a decisão de encerrar a greve foi necessária diante da forte pressão do governo federal. Na avaliação dele, uma percepção equivocada de que o movimento tinha viés político-partidário enfraqueceu a mobilização.
“Agora vamos nos reagrupar, reorganizar, para só então decidir. Vamos definir uma nova data e nova estratégia”, avisou.