A poucos dias do início da greve marcada por representantes de caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro se declarou disposto a zerar os impostos federais com o objetivo de reduzir o preço do diesel.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de greve, Bolsonaro fez um apelo à categoria:
“Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil, apelamos para que eles não façam greve porque todos nós vamos perder”, disse. “[Vai] causar um transtorno, estamos vivendo época de pandemia.”
O movimento que marcou a greve para o dia 1º de fevereiro ganhou nos últimos dias a adesão da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), uma das principais entidades da categoria no país.
Presidente faz promessa de eliminar impostos federais do diesel
Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início desta tarde, Bolsonarou afirmou que “para cada centavo do preço do diesel que queremos reduzir, no caso do PIS/Cofins, equivale buscarmos de algum outro local R$ 800 milhões”.
O presidente afirma que considera “razoável” o preço do diesel nas refinarias, mas que, até chegar às bombas, incide a alíquota de ICMS, a margem de lucro de empresários e das transportadoras. “Tem muito monopólio no meio disso, estamos buscando alternativas, mas não é fácil”, prometeu.
O presidente garantiu que poderá zerar os impostos federais, mas que só haverá impacto significativo com redução do ICMS.
“Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste. Os impostos federais, eu sempre disse, eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrifício, mas gostaria que o ICMS acompanhasse. Eu não interfiro na Petrobras, deixar bem claro. Petrobras continua com a sua política de preços. Agora, nós temos atualmente [que reduzir] 0,33 centavos o litro”, frisou.