Uma greve de caminhoneiros foi convocada para o próximo dia 1º de fevereiro. A paralisação poderá ser maior do que a realizada em 2018 devido ao aumento crescente das adesões, alertou o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci.

Para evitar a greve, os caminhoneiros desejam ter uma reunião com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que recebeu o apoio da categoria nas eleições de 2018.

“A categoria apoiou ele em 100% praticamente nas eleições. Então agora exige a presença dele na reunião”, admitiu Stringasci.

O grau de insatisfação da categoria cresce a cada dia, principalmente devido ao preço do diesel e às promessas não cumpridas desde a histórica greve que marcou o governo Temer.

Negociações com categoria estão a cargo do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas

As negociações com a categoria estão sob responsabilidade do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Até agora, porém,
sabe-se que um dos ministros comentou que haverá multa pesada em caso de fechamento de pistas.

A ANTB representa 4,5 mil caminhoneiros e integra o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Uma paralisação nacional poderia em plena pandemia pode afetar r a entrega de alimentos e medicamentos.

“A pandemia nunca foi problema. A categoria trabalhou para cima e para baixo durante a pandemia. Muitos caminhoneiros ficaram com fome na estrada com os restaurantes fechados, mas nunca parou”, ressaltou Stringasci, que defende uma mudança na política dos prelos de combustíveis.

Em 2016, o PPI (Preço e Paridade de Importação) gerava reajustes eram praticamente diários, seguindo a flutuação do mercado internacional, mas agora não têm prazo determinado.

“A Petrobras não foi criada para gerar riqueza para meia dúzia, a Petrobras é nossa e tem que ajudar o povo brasileiro e o Brasil. Queremos preços nacionais para os combustíveis, com reajuste a cada seis meses ou um ano. Essa é uma das maiores lutas nossas desde 2018, e até antes, e até hoje”, reivindica Stringasci.

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