A inflação acumulada de 4,52% em 2020 e a ausência de correção por parte do governo levarão a uma defasagem do Imposto de Renda em 2021, que chegou a 113,09% desde 1996. A informação foi obtida de um estudo do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
A tabela do IR não sofre correção desde o ano de 2015. Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro prometeu corrigir a tabela, mas ainda não cumpriu essa promessa. Na época, ele afirmou que subiria a faixa de isenção para cinco salários mínimos, o que na época equivalia a R$ 4.770.
A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), somou 346,69% entre 1996 e 2020. O valor supera os reajustes realizados nas faixas de cobrança do IR, que ficaram em 109,63%. Daí vem a defasagem de 113,09%, de acordo com o Sindifisco.