A possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial tornou-se um dos principais temas em torno da disputa pelo comando do Congresso Nacional. No entanto, até agora, nenhum movimento foi feito por parte do governo, tampouco uma sinalização do presidente Jair Bolsonaro.
Na Câmara de Deputados, os dois principais candidatos já se posicionaram a favor do debate sobre a retomada dos pagamentos. A pressão é crescente entre os parlamentares e já entrou no radar do Ministério da Economia. Segundo informações que circulam na imprensa, a equipe econômica do governo avalia que, caso o benefício seja renovado, o valor ficaria abaixo dos R$ 300 pagos até dezembro do ano passado.
O Projetos de Lei 5494/20 e 5495/20 pretendem prorrogar o estado de calamidade pública e os pagamentos do auxílio emergencial até o dia 31 de março de 2021.
Comércio teme as consequências do fim do auxílio emergencial
Já existe entre os empresários do varejo um temor em relação ao fim do auxílio. O benefício foi essencial para o sustento do comércio no ano passado. Com a possibilidade de novos lockdowns, o varejo pode sofrer ainda mais.
Após uma queda de 16,6% nas vendas em abril, o varejo registrou crescimento por cinco meses consecutivos até setembro, quando o volume já era 0,9% superior ao patamar observado no mesmo mês de 2019.
Os dados divulgados pelo governo federal sobre o auxílio emergencial confirmam um repasse de R$ 288,7 bilhões a quase 68 milhões de brasileiros.