Reckitt Benckiser estica um cabo de guerra

economia online2602Afinal, quem manda na Reckitt Benckiser no Brasil? Esta é uma pergunta recorrente nos próprios corredores da empresa em São Paulo. Segundo fontes ligadas à companhia, há uma acirrada disputa pelo poder na subsidiária de um dos maiores fabricantes de produtos de limpeza e medicamentos do mundo. O brasileiro Roberto Funari, vice-presidente do grupo britânico para a América Latina, Ásia e Pacífico, e o tcheco Jiri Kulik, principal executivo da empresa no país, têm duelado por cada centímetro da gestão. Por uma óbvia questão de hierarquia, Funari tem voz soberana sobre assuntos capitais, a começar pela definição do plano estratégico da empresa no Brasil. No entanto, nos últimos meses, o executivo estaria interferindo cada vez mais em assuntos que pertencem à jurisdição de Kulik, como o timing para o lançamento de produtos e até mesmo ações de marketing da Reckitt Benckiser no país. Radicado em Cingapura, Funari teria, inclusive, reduzido os intervalos entre suas viagens ao Brasil.

Cada vez mais esticada, a corda não deve tardar a arrebentar. E, neste caso, cabe a Kulik o papel de mais fraco no cabo de guerra. Roberto Funari trabalhou por mais de uma década na Reckitt Benckiser, ficou um período fora e voltou ao grupo no ano passado com força redobrada – é um dos integrantes do Comitê Executivo global da companhia inglesa. Na empresa há quem aposte que Kulik, há apenas dois anos no Brasil, deixará o cargo em breve, sendo transferido para outra subsidiária.

A disputa de poder reflete a crescente importância do Brasil no mapa de negócios da Reckitt Benckiser. Em até dois anos, os mercados emergentes deverão responder por mais da metade do faturamento mundial da companhia, de quase US$ 20 bilhões. E a subsidiária brasileira é peça fulcral nesta engrenagem.

Fonte: Relatório Reservado

 

 

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