IBovespa cai com Petrobras e dúvidas sobre cenário macroeconômico

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O Ibovespa negocia em queda nesta quinta-feira, na contramão da Europa. As bolsas dos Estados Unidos operam sem tendência definida. O índice brasileiro caía 0,53% às 11h45, para 50.998 pontos, pressionado por Petrobras. As ações da estatal lideravam as perdas do Ibovespa, com as PN em queda de 3,75%, para R$ 9,74, e as ON em baixa de 3,32%, para R$ 9,62.

Nos Estados Unidos, o barril WTI de petróleo caía 4,15%. Em Londres, o Brent recuava 2,81%. Segundo analistas, há expectativa de divulgação de elevados estoques de óleo nos EUA, às 14 horas (de Brasília). Além disso, o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho, comenta que há dúvidas sobre o rating de crédito da empresa.

O jornal “O Estado de S. Paulo” diz que a agência de classificação de risco Moody’s fará nova avaliação da nota de crédito da Petrobras até o fim do mês. A informação foi dada pelo vice-presidente e analista sênior de crédito soberano da empresa, Mauro Leos.

A questão fiscal no Brasil também preocupa, diz Velho. Declarações de ontem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, geraram vários comentários de analistas. A MCM Consultores diz que, para Levy, ainda existe espaço para novas ações na área fiscal que ajudarão no cumprimento da meta de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano. Ele destacou que o governo começou a reverter as medidas anticíclicas adotadas no primeiro mandato de Dilma. “Apesar dessa visão otimista do ministro da Fazenda, entendemos que os obstáculos ao cumprimento da meta fiscal são elevados”, diz a MCM.

Velho, da INVX, acrescenta a discussão sobre o Imposto de Renda como geradora de dúvidas na questão do cumprimento de metas fiscais. No dia 24, o Congresso Nacional deve analisar vetos presidenciais a dez projetos. Entre eles está a correção da tabela do IR. A presidente propõe correção de 4,5%. Caso a MP não seja reeditada, aumenta a possibilidade de os partidos votarem pela derrubada do veto para que o reajuste seja de 6,5%.

No exterior, seguem dúvidas sobre a proposta de acordo feita pela Grécia hoje. A Alemanha manteve a pressão sobre a Grécia, dizendo que a proposta não atende às exigências do programa de resgate. “O viés é de alta para o dólar e queda para a bolsa. Se ficar muito tempo posicionado à espera de uma recuperação da bolsa barata, o investidor acaba perdendo nos juros”, afirma Velho.

Fonte: UOL

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