A visita do vice-presidente e candidato à reeleição Michel Temer ao Estado, nesta sexta-feira, expôs a complicada situação do PMDB gaúcho — dividido em apoios a Marina Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves na eleição nacional.
Durante reunião com prefeitos, vice-prefeitos e líderes peemedebistas na Capital, Temer lamentou a ausência do candidato a governador pelo seu partido, José Ivo Sartori, que o recebeu rapidamente no aeroporto mas não participou do encontro partidário nem do lançamento do comitê de campanha localizado na Avenida Farrapos.
Sartori ajudou a definir o apoio de boa parte do PMDB gaúcho a Eduardo Campos e, posteriormente, a Marina Silva. Em discurso para 107 prefeitos e 71 vices, segundo informação da organização do evento, o vice-presidente disse que veio ao Estado “pedir votos para Sartori e Simon porque o PMDB está entranhado no coração”.
Porém, nenhum dos dois acompanhou a agenda de Temer na Capital. Pedro Simon é um dos principais entusiastas da candidatura de Marina: o senador chegou a afirmar que ela era a “grande razão” que o levou a concorrer à reeleição.
— Tem, naturalmente, algum constrangimento de participar dessa reunião, senão ele (Sartori) estaria aqui — lamentou Temer.
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Entre os presentes estavam o deputado federal Eliseu Padilha, responsável por conduzir a visita do vice-presidente na Capital, e o presidente regional do PMDB, Edson Brum. O candidato a vice-governador na chapa de Sartori, José Cairoli, (PSD), também participou da programação, além de candidatos a deputado estadual e federal.
Dos partidos aliados em nível nacional, o prefeito da Capital José Fortunati (PDT), o presidente regional do PT, Ary Vanazzi, e o prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), prestigiaram o evento. Antes da reunião com os peemedebistas, Temer passeou pelo Mercado Público da Capital, que recebeu verbas federais para o trabalho de reconstrução.
O candidato bebeu suco de uva, tomou chimarrão, provou salada de frutas e levou uma lasca de charque de presente. Depois disso, atacou a adversária Marina Silva por ter, segundo ele, uma “visão autoritária”:
— É preciso tomar muito cuidado com essas pregações referentes a governar com pessoas, e não com instituições. Agora, vejo pessoas dizendo que vão governar com pessoas, e as instituições de nada valem. É uma visão um pouco autoritária.
Fonte: Zero Hora