Poderia ser um elemento marcante do legado da presidente-executiva Mary Barra na General Motors: uma mudança drástica durante os próximos 10 anos, de 26 plataformas de produção de veículos para apenas 4 até 2025, um esforço ousado que pode eventualmente economizar muitos bilhões de dólares em custos de produção à montadora norte-americana.
A otimização radical das arquiteturas básicas da GM, anunciadas na quarta-feira (1) em uma conferência com investidores em Detroit, visa simplificar a engenharia e a manufatura dos futuros carros e caminhões da GM, ao mesmo tempo permitindo que a companhia entregue designs diferenciados mais rapidamente para clientes ao redor do mundo.
Caso tenha sucesso, a GM conseguirá economizar em componentes, modernização e outras despesas relacionadas a manufatura.
No entanto, para alcançar o objetivo a GM enfrenta um desafio de complexidade enorme que muitas de suas rivais globais, como Volkswagen e Toyota, já iniciaram e ainda estão resolvendo. O custo inicial também é enorme.
A estratégia de Barra para 2025 vê a GM desenvolvendo quatro “conjuntos veiculares” altamente flexíveis e escalonáveis para cobrir veículos de tração dianteira, desde o compacto Chevrolet Volt até o Impala; veículos com tração traseira, desde o esportivo Chevrolet Camaro até o Cadillac CT6 de luxo”, utilitários esportivos e crossovers, e caminhões.
A maior montadora dos EUA está começando muito atrás de suas rivais. A GM no ano que vem fabricará cerca de 9 milhões de veículos em 26 plataformas de veículos. Em comparação, a rival norte-americana Ford espera fabricar a maioria de seus veículos em apenas 9 plataformas até o final de 2015.