A temporada 2015 do Rock in Rio reserva grandes atrações, não necessariamente nos palcos. Justamente no ano que marcará o trigésimo aniversário do festival, Roberto Medina poderá deixar o controle do negócio. Pouco mais de seis meses após subir ao palco com a aquisição de 50% da holding Rock City, a norte-americana SFX Entertainment já ensaia o próximo número. Negocia com Medina uma opção de compra de mais 15% das ações no período de um ano. Tomando- se como base o valor que o próprio grupo desembolsou em fevereiro, a operação giraria em torno dos US$ 15 milhões. Hoje, SFX e Medina – por meio de outra de suas empresas, a Rock World – dividem meio a meio o capital da Rock City.
Esta, por sua vez, é a proprietária do Rock in Rio, com 80% das ações – os 20% restantes seguem nas mãos da IMX, de Eike Batista. Na prática, ao ampliar sua fatia na Rock City, os norte-americanos passariam a ter o controle do maior evento de música do Brasil, com uma participação indireta em torno de 52%. Ressalte-se que a nova partitura societária não teria impacto sobre a gestão. Mesmo com a eventual venda do controle, a regência do Rock in Rio seguiria nas mãos de Roberto Medina, portanto sem qualquer alteração no acordo celebrado entre o empresário e a SFX em fevereiro deste ano. O novo aporte dos norte-americanos daria fôlego para os planos de expansão previstos para 2015, um ano marcante no calendário do Rock in Rio.
Além de mais uma edição na cidade onde tudo começou, quando serão celebrados os 30 anos do evento, o festival fará sua estreia em terras norte-americanas, mais precisamente em Las Vegas. Medina também pretende levar o Rock in Rio para Tóquio, Berlim e Sidney, ampliando o espectro internacional do evento, já presente em Madri e Lisboa. O cachê de tantos projetos é salgado. As nove edições já previstas para os próximos três anos exigirão um investimento da ordem de R$ 150 milhões. Consultada pelo RR, a Rock in Rio não se pronunciou.
Fonte: Blog IG Relatório Reservado