Economistas do mercado financeiro voltaram a elevar as suas projeções para a inflação e para o crescimento da economia neste ano. Segundo os dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (19/8) pelo Banco Central (BC), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,20% para 4,22%, na quinta semana seguida de alta.
A previsão para a inflação de 2025, por sua vez, caiu de 3,97% para 3,91%. A projeção para 2026 foi mantida em 3,60%, assim como para 2027, em 3,50%. A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, em 2024 e em 2025. A margem de tolerância para que ela seja considerada cumprida é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
A piora nas expectativas de inflação acontece no momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) adotou um tom mais duro na ata de sua última reunião, sinalizando que pode haver aumento de juros, caso os indicadores econômicos mostrem que essa é uma solução necessária.
A projeção para a taxa básica de juros da economia (Selic) permaneceu estável em para 2024, em 10,50%, mas voltou a subir, de 9,75% para 10,0% em 2025. Para 2026, foi mantida nos mesmos 9,0%, enquanto a taxa esperada para 2027 também permaneceu em 9,0%.
A mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 também registrou alta, subindo de 2,20% para 2,23%. Por outro lado, a previsão para 2025, recuou de 1,92% para 1,89%. A estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0%. A projeção também está em 2,0% para 2027.
Em relação ao câmbio, a projeção para o dólar em 2024 subiu de R$ 5,30 para R$ 5,31. Para 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30, assim como para 2026 e 2026, cuja projeção é de R$ 5,25.
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