O governo federal ainda aguarda a resposta da maioria dos funcionários públicos para agendar o primeiro encontro da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) e das mesas setoriais de 2024. Suspensa durante todo o governo de Jair Bolsonaro (PL), a MNNP foi retomada no último ano e resultou na correção de 9% para os servidores federais em 2023, o que custou R$ 12 bilhões aos cofres públicos. A mesa foi mais uma paralisada após, na última semana de 2023, a União ter informado não daria reajustes salariais aos funcionalismo no ano de 2024.
Entenda: Cálculo de Benefício Especial é atualizado pelo governo federal Acompanhe: Funcionários do TRE-RJ vão requerer adiamento de suspensão a trabalho remoto
A proposta de reajuste salarial posta à mesa pelos representantes da gestão federal ofereceu 9% de incremento em duas parcelas iguais, a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026. Esse ajuste resulta em um acumulado total de 19,03% no período entre 2023 e 2026.
Para este ano, foi ofertado aos sindicatos presentes uma série de readequação nos valores dos benefícios concedidos aos servidores públicos. A União prevê elevar, a partir de maio, o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; a contrapartida dos planos de saúde de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90. Isso representará 51,06% de reajuste nos auxílios.
Contudo, o “calcanhar de Aquiles” da oferta é que ela deixa de lado os aposentados.
Dia dos Aposentados
Na quarta-feira (dia 24), dia que marca o “Dia dos Aposentados”, diversas paralisações foram realizadas em todo o país, na qual o funcionalismo cobra valorização profissional.
Na contraproposta enviada ao governo federal, os sindicalistas consideram dois blocos de percentuais de reajuste (29,49% e 18,30%) a serem divididos em três anos (2024, 2025 e 2026).
Canais do EXTRA no WhatsApp: Assine o canal Emprego e concursos e receba as principais notícias do dia
Leia Mais
O estudo que levou à elaboração das propostas foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e considera perdas e reajustes nos últimos anos.
O Dieese considerou a inflação acumulada de maio de 2016 a dezembro de 2023, além das inflações projetadas relativas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de 2024 e 2025.
Outra proposta à mesa
Na última semana, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado também enviou uma proposta à União.
Canais do EXTRA no WhatsApp: Assine o canal Descontos e promoções e receba as principais notícias do dia
No documento, foi exigida uma oferta de recomposição salarial em três parcelas, a primeira de 9%, a segunda de 7,5% e a terceira de 7,5%, a serem implementadas, respectivamente, nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026.
Origem do imbróglio
Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente do governo federal, realizada em 18 de dezembro, o governo federal formalizou sua proposta de reajuste de benefícios e reestruturação de carreiras.
A proposta inclui a reestruturação de carreiras e o reajuste salarial para os próximos anos, totalizando 9% em duas parcelas iguais, a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026. Esse ajuste resulta em um acumulado total de 19,03% no período entre 2023 e 2026.
Canais do EXTRA no WhatsApp: Assine o canal INSS, FGTS e seus direitos e receba as principais notícias do dia
A oferta, contudo, não agradou os representantes sindicais, que querem reajustes ainda neste ano de 2024.
Mais recente Próxima Mudanças no cálculo do Benefício Especial dos servidores são incompletas, avalia fórum do funcionalismo