A defasagem da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) deve cair caso se confirme o reajuste confirmado nesta terça-feira (dia 23) pelo presidente Lula que muda a faixa de isenção do tributo para acomodar o aumento do salário mínimo. O governo quer zerar o IR para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 2.824).
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O cálculo foi feito pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), com base na projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 calculado pelo Boletim Focus, do Banco Central.
O governo ainda não definiu de que forma vai garantir a isenção para os contribuintes com renda de até dois salários mínimos. Para o Sindifisco Nacional, o caminho seria a elevação da faixa de isenção através da correção do desconto aos contribuintes direto na fonte.
No ano passado, a isenção subiu de R$ 1.903,98 para R$ 2.112, e foi aplicado um desconto de R$ 528 para todos os contribuintes. Assim, na prática, a faixa de isenção foi a R$ 2.640, o equivalente a dois mínimos em 2023.
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Agora, o valor do desconto teria que passar a R$ 712, o que incluiria quem ganha até R$ 2.824 (duas vezes o atual piso nacional) na faixa de isenção.
A última alteração na tabela foi no ano passado, quando a faixa de isenção do IR foi ampliada de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. Antes, o reajuste aconteceu em 2015. Na campanha de 2022, o presidente Lula prometeu elevar para R$ 5 mil o limite de isenção.
Em 1996, o limite de isenção do Imposto de Renda era equivalente a 9 salários mínimos. De lá para cá, o piso teve ganhos reais sem correção correspondente da tabela, nem mesmo pela inflação.
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