A inflação de março de 2022, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi a maior para o mês desde 1994 – antes da implantação do Plano Real. A taxa foi puxada sobretudo pela disparada dos preços dos combustíveis.
A aceleração foi de 1,62%, após a alta de 1,01% em fevereiro, divulgou nesta sexta-feira (8/4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Trata-se do maior índice para 12 meses desde outubro de 2003 (13,98%).
Já são sete meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos, o que reforça as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.
Oito entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês de março. Os principais impactos foram causados pelos transportes (3,02%) e por alimentação e bebidas (2,42%).
Confira a inflação de março de 2022 para cada um dos grupos pesquisados:
Alimentação e bebidas: 2,42%
Habitação: 1,15%
Artigos de residência: 0,57%
Vestuário: 1,82%
Transportes: 3,02%
Saúde e cuidados pessoais: 0,88%
Despesas pessoais: 0,59%
Educação: 0,15%
Comunicação: -0,05%