Os preços de globais do petróleo ultrapassaram o valor de US$ 110 por barril. Trata-se de um recorde dos últimos oito anos. O aumento está entre as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e pelo risco da interrupção do fornecimento global de energia.

O último aumento aconteceu após membros da Agência Internacional de Energia (AIE) concordarem em liberar suprimentos de suas reservas de petróleo. Os esforços dos governos ocidentais para excluir petróleo e gás de suas sanções à Rússia não conseguiram “segurar” os preços.

Para alguns analistas, a grande magnitude da oferta em risco de interrupção significa que até mesmo um pedaço decente de reservas sendo liberado pode não surtir efeito.

Diversas refinarias estão se recusando a comprar petróleo russo, enquanto os bancos se recusam a financiar embarques de commodities do país. Além disso, muitas empresas estrangeiras decididram se afastar do país, como a Shell, que anunciou que planeja sair de suas joint ventures com a gigante russa Gazprom, e a BP, que pretende se desfazer de sua participação de quase 20% na estatal petrolífera russa Rosneft.

O assunto será tratado na reunião que acontece nesta quarta-feira (02/3) entre os países produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Seu dez parceiros adicionais (Opep+), inclusive a Rússia, devem discutir sobre um eventual aumento na produção.

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