O FGV Ibre informou nesta segunda-feira (27/12) que a confiança da indústria caiu pelo quinto mês consecutivo. A queda no índice foi de 2,0 pontos em dezembro, para 100,1 pontos. Trata-se do menor nível desde agosto de 2020 (98,7 pontos).

A economista do FGV IBRE, Claudia Perdigão, explicou que o resultado foi puxado por uma avaliação menos favorável sobre a situação corrente, bem como por expectativas mais cautelosas para 2022.

“Tal resultado se explica por problemas que se estenderam ao longo do ano, como pressão nos custos, escassez de insumos e elevada incerteza. Além disso, desemprego e a inflação comprimem a demanda das famílias, reduzindo a demanda, o que influencia não apenas a avaliação da situação corrente, mas também torna as projeções para 2022 mais cautelosas”, informou.

Para a economista, espera-se uma normalização no abastecimento de insumos a partir do segundo semestre de 2022.

“Nesse contexto, o setor encerra 2021 com gargalos ainda não resolvidos, incitando recuo das expectativas”, resume.

Depois da alta registrada em novembro, as perspectivas sobre a produção no Brasil para os próximos três meses caíram. A tendência dos negócios para o próximo semestre continua em tendência negativa pelo quinto mês consecutivo.

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