Dados do Ministério do Trabalho e Previdência mostram os afastamentos por doenças psicológicas bateram recorde no período da pandemia. Nos primeiros lugares, aparecem a depressão e a ansiedade como motivos para os pedidos de afastamentos.

Nos primeiros sete meses deste ano, já foram concedidos 108.263 benefícios por motivo de incapacidade temporária (o antigo auxílio-doença) para trabalhadores que apresentam transtornos mentais e comportamentais. De 2019 para 2020, houve um aumento de 29% na concessão de auxílio-doença relacionado a transtornos mentais e comportamentais.

O Ministério inclui, entre 468 doenças listadas, transtornos como depressão, ansiedade, fobia social, pânico, esquizofrenia, estresse pós-traumático e transtorno bipolar.

Foram realizadas 289.677 liberações em 2020, ano dos maiores efeitos da pandemia no Brasil e no mundo. Em 2019, foram feitas 224.527 concessões. Para que o transtorno seja reconhecido como uma doença ocupacional, o trabalhador deve provar junto à perícia do INSS que adoeceu em decorrência de suas atividades.

Confira as doenças que mais cresceram de acordo com a concessão do auxílio-doença de 2019 para 2020:

  • Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos: 97%
  • Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas psicóticos: 88%
  • Esquizofrenia paranoide: 83%
  • Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos: 82%
  • Transtorno de pânico e episódio depressivo grave com sintomas psicóticos: 73%

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