O endividamento dos brasileiros no mês de abril deu um salto e atingiu um patamar recorde. O desemprego também recorde, a pandemia e a redução do valor do Auxílio Emergencial contribuíram para os índices.
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) aponta que, em abril, 22,3% da população com renda de até R$ 2.100 se declarava endividada.
O nível de endividamento cresceu nos últimos meses para todas as faixas de renda. Como era de esperar, o quadro é dramático para os mais pobres, que contam menos com reserva para emergências.
“Na verdade, não é nem uma poupança. É guardar um dinheiro este mês para poder pagar as suas contas no mês que vem e ter um pouco mais de tranquilidade”, explica Viviane Seda, pesquisadora do Ibre.
Por isso, quanto emnor a renda, maior o endividamento. Entre os que ganham entre R$ 2.100 e R$ 4.800, 14,2% se declaram endividados. Esse percentual cai para 3,9% para quem ganha acima de R$ 9.600.