O Banco Central da China apresentou ontem (25/3) uma proposta para regulamentar as moedas digitais dos bancos centrais. O país tem como objetivo frear a ameaça de criptomoedas, como o bitcoin.
As CBDC (Moedas Digitais Emitidas por Bancos Centrais) também constituem uma das principais estratégias da China para desbancar o dólar como moeda comum do comércio internacional, o que reduziria a influência financeira dos Estados Unidos no globo. O BC chinês deve se tornar a primeira instituição federal a lançar sua própria moeda digital, fazendo do yuan um concorrente do dólar.
O diretor-geral de moedas digitais do BC chinês,
Mu Changchun, propôs diretrizes, como o monitoramento, a interoperabilidade e o compartilhamento de informações entre as instituições financeiras federais.
“O fluxo de informações e os fluxos de fundos devem ser sincronizados para facilitar o monitoramento da conformidade das transações”, afirmou o economista, defendendo “fornecimento justo de moedas digitais” para a estabilidade do mercado global.
Enquanto isso, na Europa, o Banco Central Europeu também quer fortalecer o euro digitalmente, embora a passos mais lentos. A instituição espera lançar sua moeda digital dentro de cinco anos. O principal obstáculo, porém, está na Alemanha, a maior economia da União Europeia, que acredita que a mudança pode prejudicar as instituições nacionais europeias.