A empresa Uber passará a considerar seus motoristas no Reino Unido como funcionários, com direito a salário mínimo e a férias remuneradas, conforme determinou a Suprema Corte britânica. Trata-se de uma ação inédita no mundo, onde os motoristas atuam como autônomos.
A partir da determinação judicial, cerca de 70 mil motoristas da Uber no Reino Unido terão registro automático em um esquema de aposentadoria ligado à empresa. Em comunicado, a Uber afirmou que os condutores receberão seus benefícios a partir de hoje (17/3/). Os entregadores de comida do aplicativo Uber Eats, no entanto, permanecem autônomos.
A Justiça atendeu ao pedido de um grupo de 35 motoristas que contestaram sua situação de autônomos em 2016. Eles afirmavam que a empresa exercia um controle dominante pelo modo como alocava viagens e definia tarifas.
A Uber pagará o salário mínimo oficial britânico pelo tempo em que estiverem realizando corridas, mas não incluirá as horas que não estiverem atendendo clientes. A empresa avisou que não seria possível pagar aos motoristas o salário mínimo do Reino Unido de cerca de R$ 70 por hora por todo o tempo que os motoristas ficam online.