Entre as regras definidas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para o leilão de banda larga móvel na tecnologia 5G, está aquela que estabelece que mais de 9 milhões de pessoas deverão arcar com a compra de novos equipamentos de TV por parabólicas. Essa foi a solução encontrada pelo órgão para resolver o problema da interferência da rede 5G nas transmissões por antena parabólica.
Cerca de 20,7 milhões de residências brasileiras têm TV por antenta parabólica, sendo 17 milhões por sinal aberto (o restante tem TV por assinatura). Desse total, 8,3 milhões residências estão no cadastro único e terão a migração custeada a partir dos recursos arrecadados com o leilão. Outros 9,2 milhões de brasileiros terão de trocar os equipamentos com recursos próprios. A previsão da Anatel é que o kit instalado custe R$ 250.
Devido às interferências no serviço de transmissão para parabólicas (TVRO) pelas redes de 5G em uma das faixas (3,5 GHz), a Anatel concluiu que esse serviço audiovisual não poderá mais ser prestado como é hoje.
A opção de instalar filtros nas antenas para mitigar a interferência não foi aceita pela maioria dos integrantes do conselho da agência. Por isso, as transmissões vão migar para outra faixa, denominada banda KU, pela qual passam os sinais de radiodifusão, como TV, rádio, satélite e telefonia celular.