Em 2019, o país registrou um déficit habitacional de 5,876 milhões de moradias, apontam os dados apresentados hoje (04/3) pela Fundação João Pinheiro. O indicador inclui em sua avaliação os domicílios precários, em coabitação e os domicílios com elevado custo de aluguel.

Segundo a pesquisa, essas milhões de moradias representam 8% dos domicílios do Brasil. O alto valor do aluguel urbano responde por mais de metade do déficit habitacional total, o que corresponde a 3.035.739 de moradias.

O índice caiu entre os anos 2017 e 2018, mas voltou a subir em 2019, conforme o levantamento abaixo.

2016: déficit de 5.657.249 domicílios
2017: 5.970.663 (+5,5%)
2018: 5.870.041 (-1,6%)
2019: 5.876.699 (+0,11%)

Os estados que registram os maiores déficits habitacionais estão nas regiões Norte e Nordeste, na seguinte ordem: Amapá (17,8%), Roraima (15,2%), Maranhão (15,25%), Amazonas (14,82%) e Pará (13,55%). Tal déficit está relacionado sobretudo a moradias precárias. Enquanto isso, o menor déficit habitacional do país é o do estado do Rio Grande do Sul, com 5,06%.

Segundo o coordenador da pesquisa, Frederico Poley Martins Ferreira, o impacto do alto custo dos aluguéis urbanos chama atenção na pesquisa. O déficit passou de 2,814 milhões em 2016 para 3,035 milhões em 2019, respondendo por 52% do total do indicador. Entram nessa conta as moradias cujo custo de aluguel responde por mais de 30% da renda familiar.

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