Um terço dos empresários do estado do Rio de Janeiro acredita que a economia vai piorar com o fim do auxílio emergencial. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-RJ no mês de janeiro.

É fundamental que, passada a eleição do Congresso Nacional, o tema volte a ser debatido e que uma solução seja encontrada, defendeu o presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

“O Brasil corre o sério risco de entrar em colapso econômico em 2021 se o governo demorar e não tomar medidas como tomou no ano passado. As pessoas e as empresas não podem ficar à deriva. Quando pedimos a volta desse benefício, não é uma reclamação abstrata. Os números mostram o impacto dessa medida. A decisão será do governo e do Congresso”, afirmou à imprensa.

Para o setor bancário, no entanto, a prorrogação do auxílio emergencial compromete as contas públicas.

O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz
Carlos Trabuco Cappi, afirmou à imprensa que a questão do auxílio emergencial é “humanitária, em primeiro lugar”, porém, exige “capacidade para o seu financiamento pelo impacto na dívida pública”.

“Será muito difícil, com a prorrogação do auxílio, administrar as contas públicas, o teto de gastos, sem encontrar uma nova fonte de arrecadação. No momento, esse é o maior dilema da política econômica. É preciso que o governo faça o dever de casa, eliminando gastos desnecessários no setor público, focando nas reformas administrativa, patrimonial e tributária”, comentou Trabuco em entrevista ao Estadão.

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