O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirmou hoje (13/01) que “o Brasil precisa decidir se quer reativar a economia ou se vamos continuar fechando fábricas”.

A afirmação foi feita dois dias após a montadora anunciar sua retirada do país, com o fechamento de todas as fábricas.

Moraes disse também estar preocupado com a perda de competitividade do Brasil no cenário global.

“No jogo da competição global vamos entrar sem chuteira, com a bola murcha e a camisa rasgada”, destacou.

Ele disse que antes da pandemia a indústria automobilística trabalhava com ociosidade de mais de 50% e comentou que o país tinha capacidade para produzir 5 milhões de veículos por ano, o dobro do necessário hoje. Porém, cinco fábricas foram fechadas – quatro da Ford e uma da Mercedes-Benz. Ele calcula que essa capacidade hoje está entre 4,5 milhões e 4,7 milhões.

Para o presidente da Anfavea, a falta de competitividade não é um problema específico da indústria automobilística, mas, sim, do país, que está atrasado nas reformas, principalmente a tributária, em sua opinião.

O dirigente revelou que vários parlamentares procuraram a
Anfavea com receio de que a decisão da Ford se estenda a outras montadoras.

“Acho que caiu a ficha”, comentou.



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