Conforme os consumidores brasileiros já haviam percebido, a inflação disparou, puxada pelos itens da cesta básica. Os preços do óleo de soja (103,79%) e do arroz (76,01%) estiveram entre as maiores altas no acumulado de 2020. A inflação fechou o ano em 4,52%, a maior alta desde 2016, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (12/1) pelo IBGE.
O indicador de dezembro, divulgado junto com o acumulado do ano, acelerou para 1,35%, a variação mais intensa desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
Com o resultado, o índice do ano ficou acima do centro da meta, definido pelo Conselho Monetário Nacional, que era de 4,0%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%). Em 2019, a inflação foi de 4,31%.
Ao longo de 2020, foi a alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas o que mais pesou no bolso dos brasileiros. Trata-se da maior subida desde 2002 (19,47%), provocado, entre outros fatores, pela demanda, a alta do dólar e pelos preços das commodities no mercado internacional.
Além do óleo e do arroz, outros itens da cesta básica também tiveram altas expressivas, como leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).