Uma queda maior que o esperado nas importações da China em maio fortaleceram expectativas de que mais estímulos podem ser necessários para evitar uma forte desaceleração na segunda maior economia do mundo.
Economistas dizem que a fraqueza persistente nas importações do país indicam um enfraquecimento da economia doméstica. Ao mesmo tempo, a demanda global errática e um iuan relativamente forte também jogaram dúvidas sobre a capacidade do governo de atingir sua meta de crescimento comercial para o ano de 6 por cento.
As exportações da China em maio caíram 2,5 por cento na comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândega divulgados nesta segunda-feira, menor que a queda de 5 por cento prevista por economistas, enquanto as importações tombaram 17,6 por cento ante uma queda esperada de 10,7 por cento.
“Os dados mostram que a economia chinesa ainda está no processo de buscar um piso. Esperamos que as condições comerciais continuem a ser fracas nos próximos 4 a 5 meses, com mais políticas governamentais sendo implementadas para estabilizar (a economia)”, disse o estrategista de macroeconomia do China Merchants Securities Liu Yaxin.
Liu acrescentou que as companhias chinesas estão perdendo nos mercados globais devido à firmeza do iene, que tem subido ante importantes moedas que não o dólar nos últimos meses.
A China registrou superávit comercial de 59,49 bilhões de dólares em maio, quase um recorde, mas a fraqueza das importações destacam a desaceleração no consumo doméstico.
Muitos analistas já estimaram crescimento abaixo de 7 por cento para o segundo trimestre, levantando o risco de que o governo não vai atingir sua meta para o ano de cerca de 7 por cento.
Fonte: Reuters