A mídia estatal norte-coreana disse que o ataque cibernético contra o estúdio da Sony em Hollywood pode ter sido obra de um grupo pró-Coreia do Norte, segundo uma matéria publicada no domingo que considerou acusações de que o próprio país tinha culpa no episódio como um “rumor selvagem”. “O ataque à Sony Pictures Entertainment pode ter sido um ato justificado dos apoiadores e simpatizantes da RPDC em resposta ao seu apelo”, disse o artigo da agência de notícias KCNA, usando a sigla oficial RPDC para a Coreia do Norte. O artigo, que representa a resposta mais detalhada da nação sobre o ataque até a data, denunciou a Coreia do Sul, acusando Seul de “veicular o falso rumor de que o Norte estava envolvido no ataque”. O artigo também advertiu os Estados Unidos de que “há um grande número de apoiadores e simpatizantes da RPDC em todo o mundo”. Ele disse que o “Guardians of Peace”, grupo de hackers que assumiu a responsabilidade pelo ataque na unidade da Sony, é um desses agrupamentos. Um diplomata norte-coreano negou que Pyongyang esteja por trás do ataque que foi realizado no mês passado, embora uma fonte da segurança nacional norte-americana tenha dito que o país era suspeito. Joseph DeTrani, um ex-funcionário sênior da inteligência dos EUA que serviu como enviado especial nas negociações com Pyongyang, disse que a Coreia do Norte historicamente faz declarações verdadeiras quando se posiciona sobre seu envolvimento em ataques. No entanto, o atual líder Kim Jong-Un está no poder há apenas três anos, o que aumenta a possibilidade de a nação ter oscilado em relação a essa política, afirmou DeTrani. O ataque desligou a maior parte da rede do estúdio da Sony por mais de uma semana, com hackers divulgando dados confidenciais pela Internet, incluindo o salário de funcionários e versões em alta qualidade de vários filmes inéditos. Fonte: Reuters