A Zenvia, empresa brasileira de serviços móveis, recebeu um aporte financeiro no valor de R$ 71 milhões da BNDESPAR, braço de participações do BNDES, em conjunto com a DLM, gestora do fundo DLM BRASIL TI, especializado em empresas de tecnologia de base inovadora.
Com o investimento, a Zenvia acelera seu plano de consolidação do mercado com movimentos de aquisições e ampliação de sua atuação no mercado de mobilidade. Victor Knewitz, sócio-fundador da Zenvia, irá capitanear os movimentos de inovação da empresa e adianta: “Vamos fortalecer nosso portfólio de serviços com a aquisição de empresas que possuam tecnologias complementares ou que nos permitam expandir mercado, e vamos também atuar pesadamente em inovação”.
Além da consolidação do mercado brasileiro, a empresa planeja iniciar sua operação em outros países da América Latina e investir em seu capital humano, prevendo novas contratações de profissionais de tecnologia e negócios.
A companhia aposta no crescimento da base de smartphones ao concentrar seus esforços em soluções cloud de comunicação e marketing móvel e na oferta de apps de serviço e conteúdos para o consumidor, onde prevê para os próximos anos a aquisição de uma série de empresas que possam contribuir na ampliação de suas ofertas.
A empresa, que nos últimos três anos fez três operações de M&A bem sucedidas, salienta que o planejamento das aquisições requer muita energia e dedicação: “Para um movimento de aquisição ser bem sucedido, é preciso alinhar negócio, processos e cultura. É fundamental ter objetivos claros de sinergia e colocar todos no mesmo barco rapidamente. Para isso é necessário entender muito bem as pessoas e suas competências essenciais”, explica Cassio Bobsin, CEO e sócio-fundador da companhia.
Os resultados dos últimos anos da companhia, que cresceu 95% ao ano entre 2007 e 2013, foi fator decisivo para o recebimento do aporte. Os dois principais vetores de crescimento de 2014 foram o lançamento de serviços de conteúdo móvel em parceria com as operadoras e a oferta de soluções de SMS marketing para empresas.
Paulo Caputo, sócio da DLM e responsável pela área de private equity, ressalta: “A Zenvia se enquadra em nosso escopo de investimento em empresas de Software as a Service (SaaS) por possuir receitas recorrentes, alta escalabilidade, margens positivas e inovação”. Para Pedro dos Passos, chefe de departamento de private equity da Área de Capital Empreendedor do BNDES, “além das grandes perspectivas que se abrem no mercado de mobilidade, acreditamos na capacidade de execução e de desenvolvimento de novas ofertas da Zenvia. O histórico de crescimento da empresa e seu plano de negócios nos leva a crer que dentro de alguns anos poderemos ter mais uma empresa de tecnologia brasileira realizando abertura de capital”.
As expectativas dos investidores para o futuro da Zenvia são promissoras. Para Caputo, “a tese de investimento em mobilidade da DLM, representada pela Zenvia, prevê um líder consolidador no segmento com tecnologias que permitam capturar o valor da comunicação móvel como uma mídia abrangente e de massa, mas ao mesmo tempo com alto teor de personalização, e que capture crescimentos acima de 25% ao ano”. Em convergência, Passos afirma: “O setor de serviços habilitados por TICs é considerado prioritário pelo BNDES e acreditamos que a Zenvia possa se consolidar como um ator importante no mercado de conteúdo e serviços para dispositivos móveis, que vem crescendo de forma significativa ao longo dos anos”.
A BNDESPAR e a DLM foram escolhidas pela Zenvia, pois a parceria entre estes investidores une dois aspectos que convergem com as expectativas da companhia: A BNDESPAR tem a intenção de formar uma empresa brasileira de mobilidade sólida e inovadora, enquanto a DLM é responsável por cases de sucesso de empreendedorismo no segmento de tecnologia. Além disso, todas as partes compartilham a mesma visão de futuro, acreditando que a popularização acelerada dos smartphones e sua integração com as demais tecnologias digitais tornará este dispositivo o principal hub de comunicação e consumo das pessoas no futuro.
(Redação – Agência IN)