Lucro trimestral do Goldman Sachs dispara, impulsionado por mercado de bônus

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O Goldman Sachs Group divulgou nesta quinta-feira um aumento de 50 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre, com o súbito impulso no mercado de bônus no mês passado impulsionando sua receita.

O lucro líquido atribuível aos acionistas ordinários subiu para 2,14 bilhões de dólares, ou 4,57 dólares por ação, no trimestre, ante 1,43 bilhão, ou 2,88 dólares por papel, um ano antes.

Analistas esperavam, em média, lucro de 3,21 dólares por ação.

A receita com a negociação de bônus, um negócio notadamente volátil, aumentou 74 por cento, a 2,17 bilhões de dólares, com dados fortes da economia norte-americana, medidas de estímulo por parte do Banco Central Europeu e a saída surpresa de Bill Gross, estrela do setor, da gigante Pimco, sacudindo um mercado que vinha se mostrando apático até então.

O negócio de renda fixa, moedas e commodities (FICC) do Goldman estava em tendência de baixa desde 2009, com novas regras desencorajando os bancos a operar com seus próprios ativos e com muitos se perguntando se a indústria iria verdadeiramente voltar a ter ímpeto.

Mas o Goldman disse que vê um futuro a longo prazo no negócio, conforme rivais diminuem sua atuação ou saem do mercado, deixando espaço para o banco preencher a lacuna.

O negócio FICC contribuiu com cerca de 26 por cento da receita total no último trimestre, em comparação com cerca de 40 por cento da receita anual em 2009 e 25 por cento no ano passado.

“É uma indicação positiva de que o longo período de seca neste mercado pode estar chegando ao fim”, disse Chris Kotowski, analista da Oppenheimer & Co.

O banco, que também é um dos maiores beneficiários do ressurgimento do mercado de capitais este ano, disse que a receita com subscrição de ações subiu 54 por cento, para 426 milhões de dólares.

O presidente-executivo do banco, Lloyd Blankfein, citou a melhoria das condições econômicas para o desempenho do banco, mas reconheceu que “as condições e o sentimento podem mudar rapidamente”.

A receita líquida total do banco cresceu 25 por cento, a 8,39 bilhões de dólares.

A receita geral do banco de investimento, que inclui a divisão de fusões e aquisições e a subscrição de dívida e ações, subiu 26 por cento, a 1,46 bilhão de dólares.

A receita com a administração de investimentos, negócio que o Goldman vem tentando fortalecer, cresceu 20 por cento, a 1,46 bilhão de dólares.

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