Sanofi busca um remédio para as perdas da Medley

blog7A Medley bateu mais um recorde na corrida que faz contra si própria para detonar sua presença no mercado. Os dados na área de genéricos revelam que a empresa engatou a marcha a ré até espatifar o seu market share abaixo dos 20%, sua menor participação desde 2001. Há cerca de quatro anos, o laboratório respondia por um terço das vendas de medicamentos sem patente do país. A perda de participação potencializa os maus resultados financeiros. O Medley caminha para fechar mais um ano no vermelho – o quinto resultado negativo seguido. As perdas devem passar dos R$ 200 milhões. O prejuízo acumulado desde 2010 já teria ultrapassado a marca de R$ 1 bilhão – para efeito de comparação, o equivalente a dois terços do valor que a francesa Sanofi pagou pelo controle da companhia em abril de 2009.

Procurada pelo RR, a Medley negou que haja uma perda projetada de R$ 200 milhões para este ano, mas não entrou em detalhes em relação aos resultados. Informou ainda que seu market share “está estabilizado desde setembro do ano passado, com crescimento significativo nos últimos três meses.” A Sanofi tem adotado um amplo receituário na tentativa de debelar as perdas da Medley. Já fez pesados cortes de custos, intensificou a política de descontos no varejo – em alguns casos, a redução de preços beira os 90% -, e trocou executivos a granel.

O laboratório já está no terceiro presidente em quatro anos: o atual inquilino do cargo é Wilson Borges. Cabe a ele e ao nº 1 da Sanofi na América Latina, Patricie Zagame, a missão de conter a insatisfação dos acionistas do grupo na França, que cresceu ainda mais no último ano. Exatamente em agosto de 2013, a Sanofi teria sido obrigada a lançar em balanço, de uma só vez, quase R$ 600 milhões em perdas referentes à operação brasileira.
Fonte: Blog IG Relatório Reservado

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