Metade da população de Brasil e França está acima do peso

economia4O excesso de peso e a obesidade, que atingem metade da população do Brasil e 46% da França, estarão no centro do debate entre médicos dos dois países durante o 1º Fórum Médico Franco-Brasileiro da Fondation de l’Académie de Médecine, nos dias 24 e 25 de abril, no salão nobre da Academia Nacional de Medicina, no Rio. Entre os debatedores do lado brasileiro, estão o cirurgião Ivo Pitanguy (foto), que falará sobre cirurgias úteis na obesidade, o médico e professor Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, e o diretor médico da Med-Rio Check-up, Gilberto Ururahy.

A obesidade está na ordem do dia e se constitui em dos principais desafios da saúde pública dos dois países. No Brasil, segundo a última pesquisa do Ministério da Saúde, a parcela de pessoas obesas aumentou 54% nos últimos seis anos e já atinge 17% da população. Na média, a parcela de brasileiros com sobrepeso passou de 43% em 2006 para 51% em 2012, atingindo 54,5% dos homens e 48% das mulheres. Os dados são da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde.

O excesso de peso é mal que atinge todas as camadas sociais. A Med-Rio Check-up, clínica especializada em check-up médico de executivos, constatou, com base em 60 mil checkups realizados ao longo de 22 anos, que 65% dos indivíduos pesquisados estão com excesso de peso e, não coincidentemente, 60% deles são sedentários. No mesmo universo pesquisado, 50% têm colesterol elevado, 25% são hipertensos e 70% convivem com altos níveis de estresse. “O estilo de vida inadequado é a correia de transmissão para uma série de doenças que afligem o homem contemporâneo”, diz Ururahy.

Na França, de acordo com estudo da Mutuelle Générale de l’Educacion Nationale (MGEN), uma seguradora privada, 76% consideram-se saudáveis, 30% estão com sobrepeso e 16% são obesos.

Nos Estados Unidos, estima-se que nos últimos 100 anos o consumo de gorduras tenha aumentado 67% e o de açúcar em 64%. Já o consumo de verduras e legumes diminui 26% e o de fibras 18%.

A obesidade, da qual derivam doenças como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, entre outras, tem como principais causas os hábitos alimentares da população. O vilão da balança é o alto consumo calórico derivado predominantemente de alimentos processados, de muita densidade energética e com elevados teores de lipídios e carboidratos.

No Brasil, com o crescimento da classe C, que agora tem acesso a novos produtos, os especialistas temem por um aumento dos índices de obesidade no país. Como andam os hábitos alimentares desse grupo?  Como a propaganda contribui para que, principalmente as crianças e adolescentes, adquiram péssimos hábitos alimentares? A falta de exercícios, devido ao uso cada vez mais frequente dos aparelhos eletrônicos e a relação com o aumento do índice de obesidade entre jovens são alguns dos temas que poderão ser abordados.

Fonte: Blog Radar Econômico

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *